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29.5.08

Riquelme faz dois, mas quem vibra com empate é o Tricolor

A pressão foi grande, Riquelme brilhou, como era de se esperar. Mas, no apito final em Avellaneda, quem teve mais motivos para comemorar foi o Fluminense, que arrancou um empate em 2 a 2 e leva a vantagem de dois empates (0 a 0 e 1 a 1) para o segundo jogo das semifinais da Libertadores. Os dois times voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, dia 4 de junho, no Maracanã, para decidir quem passa para a fase final e encara o vencedor de LDU e América-MEX, que no primeiro duelo ficaram no 1 a 1, no estádio Azteca.

Jogo começa a mil por hora

Desde o primeiro minuto, muita correria, raça e ímpeto ofensivo de ambas as equipes. O Boca, empurrado por sua torcida, tentou pressionar a saída de bola do time tricolor, que saía para o jogo com toques curtos e rápidos. E o Flu mostrou logo que não entrou em campo apenas para se defender. Aos quatro, Thiago Neves partiu com a bola do meio-campo e chutou rente à trave direita de Migliore.

Aos 11, festa do Boca em Avellaneda: Riquelme abriu o placar ao completar um ótimo cruzamento de Palacio da direita. Mas a alegria argentina durou pouco. Aos 15, Thiago Neves cobrou falta da direita na cabeça de Thiago Silva, que subiu com estilo para empatar a partida num lindo lance. Euforia dos quase mil tricolores presentes ao estádio.

E o duelo continuou quente: aos 17, Chavez acertou a trave esquerda de Fernando Henrique após um chute colocado da entrada da área. Aos 34, uma linda triangulação entre Riquelme, Chaves e Datolo, que chutou à esquerda do arqueiro, assustando os tricolores. A pressão do Boca aumentou, mas a estrela de Thiago Silva continuava a brilhar. O jovem zagueiro fez um excelente primeiro tempo, roubando várias bolas e parando quase todas as jogadas aéreas direcionadas ao atacante Palermo.

No último lance do primeiro tempo, Junior Cesar tabelou com Thiago Neves e chegou à linha de fundo com liberdade. Mas, em vez de cruzar para Washington, que entrava livre na pequena área, chutou cruzado, mal, à esquerda do gol de Migliore. Uma chance incrível desperdiçada pelo Flu.

Pressão xeneize aumenta, e Riquelme apronta de novo

O Boca voltou do vestiário com tudo e criou rapidamente duas chances claras de gol. Palermo, aos dois minutos, escorou de cabeça rente à trave direita. Em seguida, Paletta cabeceou com força, no ângulo esquerdo, mas Fernando Henrique fez uma defesa espetacular, impedindo o segundo dos argentinos. Aos oito, Chaves mandou uma bomba de fora da área, raspando o travessão, para a loucura do técnico Renato Gaúcho, que a essa altura reclamava muito da postura de seu time em campo.

E Riquelme aprontou de novo. Aos 19, em cobrança de falta da entrada da área, com ajuda dos desvios de Cícero e Romeu na barreira, o craque marcou o segundo do Boca. Momento dramático para os tricolores. Aos 23, o Flu deu o ar da graça no segundo tempo. Thiago Neves arriscou de fora da área, Migliore deu rebote, mas Washington chutou fraco, nas mãos do arqueiro. Em seguida, Dodô substituiu o Coração Valente.

Frango e festa tricolor


Mesmo tímido em campo, o Flu conseguiu chegar ao empate mais uma vez. Aos 31, Thiago Neves chutou de fora da área, e Migliore aceitou, numa falha incrível, um verdadeiro frangaço. 2 a 2 no placar. Mesmo assim, o Boca não desistiu de buscar a vitória. Aos 35, Palacio mandou uma bomba de dentro da área, para outra ótima defesa de Fernando Henrique. No rebote, Thiago Silva mandou a escanteio.

Com o fim da partida próximo, Renato Gaúcho optou por colocar o zagueiro Roger na vaga de Thiago Neves para segurar as últimas tentativas do Boca. E a tática do treinador deu certo. Apito final do uruguaio Roberto Silveira e um grande motivo de comemoração tricolor, que agora decide a vaga diante de sua apaixonada torcida no Maraca.

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