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28.5.08

América-MEX e LDU empatam no primeiro round da semifinal

No primeiro round da briga para chegar à final da Libertadores, vantagem para a LDU. O empate de 1 a 1 com o América do México, num lotado estádio Azteca, na Cidade do México, foi de bom tamanho para a equipe equatoriana. Com o resultado, basta um empate de 0 a 0 em Quito, na próxima terça-feira, para assegurar a vaga na final da Libertadores, contra o vencedor do confronto entre Boca Juniors e Fluminense, que começam nesta quarta-feira, em Buenos Aires, a decidir a vaga.

Caso a segunda partida termine em empate de 1 a 1, o jogo será decidido nos pênaltis. Empate a partir de dois gols ou qualquer vitória do América dá a vaga ao time mexicano. Os dois clubes jamais conquistaram a Libertadores. Na atual edição, enquanto o América foi o carrasco dos brasileiros Flamengo e Santos, a LDU derrubou os argentinos Estudiantes e San Lorenzo.

A partida desta terça-feira foi bastante disputada (no vídeo abaixo, assista aos melhores momentos). No primeiro tempo e em parte do segundo, a LDU esteve melhor. A partir da metade do segundo tempo, o América equilibrou as ações. Os gols foram de cabeça, e saíram na segunda etapa. Bolaños abriu o placar para os equatorianos, em falha do bom goleiro Ochoa, enquanto Esqueda empatou para o América - num dia pouco inspirado do atacante Cabañas, algoz do Rubro-Negro e do Peixe.
LDU começa melhor

Em casa, cabia ao América buscar o ataque. Mas a forte marcação da LDU, principalmente na saída de bola dos mexicanos, dificultou as ações. Fora que os contra-ataques vinham em velocidade, com Manso, pelo meio, ou Guerrón, pela direita. Com isso, os equatorianos passaram a dominar a partida e a criar os principais lances de perigo. No primeiro, Manso bateu cruzado, para fora. Argüelos respondeu para o América - Cevallos foi no canto e pegou. Depois, Bolaños também assustou, para fora. E aos 20 fez a melhor jogada de gol, quando bateu de fora da área e obrigou Ochoa a fazer uma grande defesa, tocando para escanteio,

Os mais de 100 mil torcedores do América começaram a vaiar o time. Cabañas, também impaciente, recuava mais para buscar o jogo, já que a bola chegava com dificuldade ao ataque - o carrasco de Flamengo e Santos só tinha dado um chute a gol, mas sem perigo. Aos 28, tentou bater de longe, a bola desviou para a entrada da área. Argüello arriscou, a bola resvalou na zaga equatoriana e foi para escanteio, com perigo.

A partir daí, o time do América recuperou o apoio da torcida. Mas a LDU continuava rezando bem a sua cartilha. Num contra-ataque, só faltou pontaria a Bieller, aos 33 - o atacante bateu pelo alto. A disputa pela bola começou a ter mais cara de Libertadores. Aos 34, Villa e Manso se estranharam numa dividida. Manso fez a falta, mas levou um chute de Villa - que já tinha cartão amarelo - e, estranhamente, também foi advertido com o cartão. Na seqüência, a bola acabou alçada na cabeça de Cabañas, que no entanto jogou nas mãos de Cevallos.

A área da LDU estava tão congestionada que a melhor solução para o América foi bater de longe, novamente com Argüello, aos 38. A bola foi para fora. O último lance do primeiro tempo foi o fiel espelho da partida até então. Aos 45, Bolaños cortou da esquerda para o meio e bateu na trave. Susto para Ochoa, para o América, para os mais de 100 mil presentes ao Azteca.
Gols e equilíbrio

O América resolveu mexer para o segundo tempo. Mas, estranhamente, o técnico Juan Antonio Luna tirou justamente o que mais chutou a gol: trocou Argüello por Higuain. O time ficou mais ofensivo. No início, deu certo. O meia cortou para o meio e bateu firme. Cevallos defendeu, mas a bola sobrou para Esqueda, que perdeu naquele momento, aos 4 minutos, o gol mais feito da partida.

Com isso, a equipe mexicana acordou. Calle fez falta infantil na entrada da área. Houve confusão na barreira. Depois da distribuição de cartões, Cabañas cobrou no canto direito aos 8, mas Cevallos salvou para escanteio. A torcida americana voltou a apoiar o time. O jogo mudou. Mas por pouco tempo.

A LDU não estava morta. Num rápido contra-ataque, Vera lançou Guerrón pela direita. O ala-direito invadiu e bateu. Ochoa, dessa vez, salvou com o pé. Mas o futebol é às vezes cruel, e nele ninguém é infalível, nem um goleiro do nível do mexicano. Aos 17, Guerrón, já àquela altura o nome da partida, desceu pela direita e tentou encobrir Ochoa. O goleiro foi mal e não conseguiu segurar a bola, que escapou. Nas suas costas, Bolaños só mergulhou de peixinho para cabecear e fazer o gol: 1 a 0 LDU.

Luna mexeu mais uma vez, trocando o volante Iñigo por mais um atacante, Lopez. Com quatro na frente, partiu para o tudo-ou-nada. Do lado da LDU, Guerrón passeava pela direita, pedalando sempre que podia. Numa bola na área do América, aos 26, Campos, de cabeça, desperdiçou chance daquelas que não podem ser perdidas para definir a partida.

O futebol foi cruel mais uma vez. Dois minutos depois, em escanteio cobrado por Higuain, Esqueda subiu mais que toda a defesa da LDU para testar firme, à esquerda de Cevallos, empatar a partida e levar à loucura a torcida no Azteca.

Pegou fogo novamente a partida. Sebastian Dominguez, o Sebá, ex-Corinthians, entrou duro, por trás, em Bolaños, que encarou o zagueiro. Resumo da ópera: os dois foram expulsos. Com 10 em campo dos dois lados, Ochoa deu susto no fim, mas não houve mais gols. O duelo está longe de ser definido. Em Quito, na próxima terça-feira, a emoção promete tomar conta.

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