Google

Guarde suas fotos

29.8.08

Imprensa espanhola afirma que Robinho continuará no Real Madrid

Os principais jornais esportivos espanhóis, por intermédio de suas páginas na internet, noticia que o atacante brasileiro Robinho continuará no Real Madrid. De acordo com o "As" e o "Marca", o clube espanhol recusou a proposta do Chelsea, da Inglaterra, de € 32 milhões (R$ 77,1 milhões). Segundo a imprensa espanhola, o Real só pretendia começar a convesar com o clube inglês a partir de € 40 milhões (R$ 96,4 milhões).

Segundo os dois jornais, o atacante, além de ver frustrado o seu desejo de atuar no futebol inglês no time dirigido pelo técnico Luiz Felipe Scolari, terá de pedir perdão ao clube e à torcida por ter dado declarações à imprensa de que desejava deixar o Real Madrid. No último fim de semana, ele chegou a ser vaiado e xingado de mercenário pela torcida do Real, durante a decisão da Supercopa da Espanha, contra o Valencia.

O "As" afirma que o técnico alemão Bernd Schuster foi o principal responsável pela permanência de Robinho no Real Madrid. Segundo o diário, Schuster prometeu que reconduzirá o atacante ao time.

- (Ele) fica no (Real) Madrid sem volta atrás - afirma o presidente do Real, Vicente Calderón.

O episódio do anúncio da venda da camisa de Robinho no site do Chelsea também causou um imenso mal-estar no clube espanhol. O "As" afirma que esta teria sido uma das maiores ofensas ao Real em sua história.


Da euforia à frustração

Na quinta-feira, o clima era de extrema confiança no Chelsea, publica o "As". Tanto que o procurador de Robinho, Vagner Ribeiro, chegou a sair eufórico de um jantar com Peter Kenyon, presidente do clube inglês, na madrugada de quinta-feira, num restaurante próximo ao Santiago Bernabeu, estádio do Real.

- O Chelsea quer que Robinho jogue contra o Tottenham no domingo, porque é possível que hoje mesmo passe pelos exames médicos - afirmara Ribeiro de manhã.

À tarde, ele já aparecia contrariado com a situação, assegurando que o clube inglçês não subiria a sua oferta. Mesmo assim, Kenyon permanecerá em Madri nos próximos dias. Nos sites oficiais de Real Madrid e Chelsea, que chegou a anunciar durante esta quinta-feira a venda de uma camisa amarela com o nome de Robinho, não há ainda qualquer informação sobre o assunto.

Reforço olímpico: Timão contrata Cristiane para time de futebol feminino

O Corinthians contratou um reforço olímpico para a disputa do Campeonato Paulista de Futebol Feminino. Trata-se da atacante Cristiane, medalha de prata com a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de Pequim. Ela assinou contrato até 30 de novembro e será apresentada oficialmente nesta sexta-feira, logo depois do treino do time profissional de futebol masculino. O Corinthians é o atual líder do Paulistão ao lado do Santos, e já está classificado para a próxima fase. As informações são do site oficial do Timão

28.8.08

Boca conquista Recopa e empata com Milan em taças internacionais

O Boca Juniors empatou em 2 a 2 com o Arsenal de Sarandí nesta quarta-feira, na Bombonera, e conquistou a Recopa Sul-Americana. Com o título, o time de Riquelme empata com o Milan em títulos internacionais: 18 taças. Em dezembro do ano passado, o Milan bateu o Boca na final do Mundial de Clubes e assumiu o posto de clube com maior número de conquistas internacionais. Agora, o time argentino volta a empatar com os italianos. O jogo na Bombonera colocou frente a frente os campeões da Libertadores e da Sul-Americana de 2007. O primeiro gol do Boca foi de Palácio, aos 6 minutos do primeiro tempo. O Arsenal marcou com Carrera, aos 14 da etapa final, e conseguiu a virada com gol de Matos, aos 25. Riquelme, de falta, garantiu o empate aos 48.

Os 18 títulos internacionais do Boca são: seis Libertadores, três Mundiais, duas Sul-Americanas, quatro Recopas, uma Supercopa Sul-Americana, uma Copa Master e uma Copa de Ouro. Já o Milan tem sete Liga dos Campeões, quatro Mundiais, cinco Supercopas da Europa e duas Recopas da Europa.
Os jogadores do Boca dedicaram a conquista ao atacante Palermo, que sofreu no domingo uma ruptura de ligamentos no joelho direito e desfalcará a equipe por cerca de sete meses. A torcida não esqueceu o artilheiro e levou faixas de apoio ao atleta para a Bombonera.

27.8.08

Timão dá show e volta a golear em casa

O Corinthians voltou a dar show na Série B do Campeonato Brasileiro. Sem muita dificuldade, a equipe alvinegra goleou o Gama por 5 a 0, na noite desta terça-feira, no estádio do Pacaembu, e fez os torcedores gritarem olé na arquibancada. Douglas, Herrera, André Santos, Elias e Bebeto fizeram a festa dos alvinegros. A equipe do técnico Mano Menezes não aplicava uma goleada havia dez rodadas, desde que no mesmo estádio do Pacaembu, no dia 8 de julho, fez 5 a 0 no Marília. De lá para cá, o clube do Parque São Jorge perdeu suas duas únicas partidas na Segundona (Bahia e Vila Nova) e passou por algumas dificuldades. O resultado mantém o Timão em situação confortável. Agora com 45 pontos, a equipe segue na liderança da competição, seis à frente do Avaí, o segundo, e está, de acordo com cálculos do matemático Tristão Garcia, a 20 do retorno à elite do Campeonato Brasileiro. O clube tem mais 17 jogos para alcançar esse objetivo. O Gama, no entanto, continua com panorama complicado. Embora a derrota do Criciúma para o Juventude tenha evitado que o Gama terminasse a rodada mais próximo da zona de rebaixamento, ou até mesmo nela, a distância para o primeiro time nessa faixa permanece em dois pontos. O Corinthians volta a campo pela Série B do Campeonato Brasileiro no próximo sábado, às 16h, contra o ABC, novamente no estádio do Pacaembu. O Gama, por sua vez, encara o Fortaleza, no mesmo dia e horário, no Distrito Federal.

Preciosismo quase atrapalha o Timão

A pressão do Corinthians nos minutos iniciais deu a impressão de que o jogo seria fácil. Tanto que logo aos 5 minutos, o time mandante abriu o placar. Douglas chutou forte de perna esquerda, de fora da área, sem chance para o goleiro Donizete. A vantagem empolgou a equipe alvinegra, que manteve a postura ofensiva. Mas um lance de puro preciosismo de Herrera atrapalhou os planos do Timão. Aos 12 minutos, o argentino avançou no contra-ataque e ficou sozinho na cara do gol. Porém, em vez de chutar rapidamente, preferiu dar três cortes num zagueiro. Resultado: quando arrematou, Pedro Paulo salvou em cima da linha com a cabeça. Foi a senha para que o Gama tomasse conta do jogo. A equipe do Distrito Federal aproveitou a desorganização alvinegra e se arriscou no ataque. Primeiro com João Paulo, aos 17 minutos. O zagueiro arriscou de longe, e Felipe defendeu. Depois, aos 21, foi a vez de Lucas Silva bater falta cruzada e ver o goleiro novamente salvar. Se o Gama não soube aproveitar seu melhor momento, o Corinthians fez prevalecer o oportunismo. Aos 31 minutos, Morais ficou com a bola após bobeira da defesa adversária e rolou para Herrera. Dessa vez, o atacante não fez graça e chutou cruzado da direita da grande área para aumentar a vantagem alvinegra no placar. O time do Distrito Federal ainda teve uma ótima oportunidade de diminuir no primeiro tempo, mas Felipe foi mais eficiente. Aos 40 minutos, o atacante Landu recebeu a bola sozinho na grande área, mas o goleiro saiu rapidamente e defendeu.

Timão detona e goleia

A postura do Timão nos primeiros minutos do segundo tempo foi muito parecida com a apresentada na etapa inicial. Foi com muita velocidade ao ataque. Só que dessa vez a trave impediu o gol logo de cara. Aos 3 minutos, após cruzamento de Alessandro da direita, Morais chutou de perna direita e carimbou o poste. Cinco minutos depois, Herrera perdeu um gol incrível. Elias fez boa jogada pela direita e mandou para o meio da área. Sozinho, próximo da pequena área, o argentino pegou mal na bola e mandou longe de gol. A vantagem do Corinthians no placar só ficaria maior aos 19 minutos. A zaga do Gama vacilou e recuou mal para o goleiro Donizete, que não conseguiu chegar na bola e derrubou Herrera na grande área. Pênalti! O lateral-esquerdo André Santos pegou a bola, colocou na marca e bateu colocado para ampliar. O gol desmontou o adversário, que abriu ainda mais espaço. Melhor para Elias. O volante soube aproveitar bem sua chance aos 21 minutos e bateu cruzado para fazer o quarto do Timão. Restou ao torcedor, então, fazer a festa no Pacaembu e atormentar o Gama com gritos de olé. Ainda sobrou tempo para o estreante Bebeto marcar o quinto, de cabeça, aos 46.

24.8.08

Massa consegue uma vitória com sabor de volta por cima em Valência

Após o traumático abandono na Hungria, Felipe Massa conseguiu uma vitória com sabor de volta por cima no GP da Europa de Fórmula 1, disputado no novo circuito de rua de Valência, na Espanha. Com facilidade, o brasileiro largou na pole position, fez a melhor volta e só perdeu a liderança durante a primeira rodada de pit stops. Lewis Hamilton, líder do campeonato, foi o segundo colocado, mas não chegou a ameaçar o domínio do piloto da Ferrari neste domingo.

No entanto, a vitória esteve sob investigação pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Um incidente na saída do segundo pit stop de Felipe Massa, quando a Ferrari liberou o brasileiro de forma perigosa e ele dividiu a saída do pit lane com Adrian Sutil, da Force India, causou o problema. No entanto, ele continuou com a vitória e só foi multado em € 10 mil (perto de R$ 24 mil).

Kimi Raikkonen, terceiro colocado na classificação do campeonato, vinha em uma corrida discreta, na quinta posição. Mas o finlandês da Ferrari cometeu um erro em sua segunda parada nos boxes, quando não respeitou o sinal de liberação da equipe e derrubou o mecânico que efetuava o reabastecimento. Uma volta depois, seu motor explodiu na entrada da reta dos boxes e ele abandonou a corrida.

Com sua quarta vitória na temporada 2008, o brasileiro reduziu a vantagem de Hamilton para seis pontos. Massa tem agora 64 contra 70 do inglês. Raikkonen, após a quebra do motor, continua com 57. Ele está 13 atrás do piloto da McLaren e a sete de seu companheiro de Ferrari. A próxima corrida será o GP da Bélgica, disputado no fim de semana do dia 7 de setembro, no circuito de Spa-Francorchamps.

Problema no pit stop quase atrapalha corrida perfeita de Massa

Felipe Massa já começou a corrida muito bem. Na pole position, o brasileiro manteve a ponta na primeira curva, enquanto Robert Kubica e Lewis Hamilton quase se tocaram. O inglês manteve a segunda posição, com o polonês em terceiro. Mais atrás, Fernando Alonso era abalroado por Kazuki Nakajima. O espanhol da Renault perdeu o aerofólio traseiro e foi forçado a abandonar a prova.

O brasileiro da Ferrari não teve problemas em abrir pouco mais de quatro segundos para Hamilton antes de sua primeira parada, na 14ª volta. Ele entrou nos boxes duas passagens antes do inglês e manteve a ponta após a primeira rodada de pit stops. Após isso, Massa conseguiu estabelecer um ritmo de corrida muito bom, com voltas sete décimos mais rápidas que as do líder do campeonato.

Antes do segundo pit stop, o brasileiro já tinha dez segundos de vantagem para o rival, mas um problema na segunda parada quase jogou fora a corrida do brasileiro. A Ferrari liberou Massa de forma perigosa e o brasileiro dividiu a saída do pit lane com Adrian Sutil. A FIA investigou o caso e a vitória chegou a estar em risco. Mas a entidade decidiu apenas por multar o vice-líder da temporada.

No entanto, os problemas da Ferrari não pararam por aí. Na segunda parada de Kimi Raikkonen, o finlandês arrancou antes do sinal colocado nos boxes ficar verde e atropelou o mecânico responsável pelo reabastecimento. Ele foi levado ao centro médico, onde nada foi detectado, apenas dores nas costas. O finlandês, contudo, abandonou uma volta depois, com o motor estourado em plena reta.

Hamilton não conseguiu ameaçar o brasileiro, que estabeleceu um bom ritmo de corrida. Após o problema de Raikkonen, Massa ainda se deu ao luxo de diminuir a rotação do motor para evitar um novo abandono. Robert Kubica, por sua vez, era o terceiro, mais de 40 segundos atrás e já não era mais ameaça. O polonês perdeu muito tempo antes da primeira parada, quando um pedaço de outro carro ficou preso em sua asa dianteira.

Heikki Kovalainen, que ganhou a quarta posição na largada, manteve um ritmo constante e chegou nesta mesma posição, sem ameaçar ou ser ameaçado. Jarno Trulli ficou em quinto, seguido por Sebastian Vettel, da STR. O alemão Timo Glock, da Toyota, foi o sétimo e Nico Rosberg, da Williams, completou a lista dos oito primeiros.

Os deuses das Olimpíadas de Pequim

No dia 08/08/2008, Hefesto, o deus do fogo, foi chamado no estádio Ninho do Pássaro e convocou os representantes dos outros elementos para a maior festa do planeta. Atendendo à solicitação, o rei da água, a soberana do ar e o comandante da terra se reuniram para homenagear o anfitrião e compartilhar seu maior bem: o ouro olímpico. Assim, começou a trajetória de Michael Phelps, Yelena Isinbayeva e Usain Bolt na terra chamada de Pequim.

O Cubo d’Água foi o primeiro a conhecer os superpoderes dos heróis olímpicos. Não houve nada, nem ninguém, que impediu o rei da água, Michael Phelps, de cumprir a sua missão. E o nadador americano conquistou o oriente – e o resto do mundo – com a perfeição de suas braçadas de 2m01 de envergadura, que o levaram a deixar a cidade olímpica com o número máximo de vitórias que poderia alcançar.

Porém, a vitória não foi fácil. Em sua última batalha individual, o herói da terra do norte precisou superar um adversário que não esperava. Os dois lutaram até o último segundo, mas, no fim, Phelps saiu absoluto ao vencer os 100m borboleta por apenas um centésimo e derrotar o rival da Sérvia, Mirolad Cavic. Sorte ou ajuda divinha?

A meta foi batida: oito ouros foram oferecidos ao rei da água pelo deus do fogo (100m e 200m borboleta, 200m e 400m medley e revezamentos 4x100m medley e 4x200m livre). Mas ele queria mais e, além de deixar Pequim como o maior atleta olímpico de todos os tempos, superando o guerreiro da antiguidade Mark Spitz, Phelps também garantiu sete recordes mundiais, se consagrando como “a lenda das piscinas chinesas”.

Então, o rei da água deu passagem para a soberana do ar assumir o comando da festa. Novamente, a batalha não foi fácil – apesar de ela fazer parecer que era. Yelena Isinbayeva sofreu com a inveja alheia e precisou impor seu cedro ao nível máximo para esclarecer “que precisa ser respeitada por suas adversárias”, em especial por uma forasteira americana, conhecida pelo nome de Jennifer Stuczynski.

Após tudo esclarecido, Isinbayeva saltou com sua vara para estabelecer o novo recorde mundial pela 24ª vez, sendo 12 deles consecutivos. Ao alcançar 5m05, a soberana do ar superou sua própria altura em 3m31 e entrou para a história do esporte olímpico. Condecorada com o presente do deus do fogo pela segunda vez (foi campeã olímpica nos Jogos de Atenas), a russa mostrou que também é humana e foi às lágrimas no pódio.

Soberana do ar salta para o 24° recorde da carreira e o 12° consecutivo E como toda boa heroína, Isinbayeva foi solidária com a companheira do Olimpo que sofreu uma traição no campo de batalha ao oferecer sua vara para a brasileira Fabiana Murer, que teve uma das suas perdidas na temerosa terra de Pequim. Porém, o gesto gentil foi tarde demais, e a brasileira não conseguiu ser agraciada da mesma forma que a russa.


Mas foi depois que a musa das terras geladas encerrou sua trajetória olímpica que o mundo conheceu um novo deus, antes só apresentado, rapidamente, em uma batalha em Nova York, quando quebrou o recorde mundial pela primeira vez. Do outro lado do planeta, em Pequim, os súditos se curvaram à magnitude do comandante da terra. Com um ar irônico de quem sabe que é o melhor, Usain Bolt aproveitou sua experiência com o calor jamaicano para derrotar seus adversários e ainda sair sorrindo e dançando para as câmeras.

O comandante da terra celebra o título de homem mais rápido do mundo

É certo que teve guerreiro reclamando e até mesmo alguns soberanos tentando impedir o jeito alegre do herói do reggae. Mas o deus do fogo interferiu a favor do velocista e ainda ofertou a ele três ouros olímpicos: nos 100m, nos 200m e no revezamento 4x100m, com direito a título de único atleta que conquistou três recordes mundiais em apenas uma edição olímpica. Então, todos reconheceram a força das longas pernas de Bolt e até mesmo cantaram “Parabéns para você” em sua apresentação na cidade olímpica no dia de seu aniversário.

Assim, Hefesto, satisfeito, foi descansar, e os heróis olímpicos encerraram suas missões em Pequim. Porém, a nova chamada já tem data e local para acontecer. Em 2012, Londres, capital da Inglaterra, sediará a reunião dos maiores ídolos do esporte mundial, e as batalhas serão reeditadas com promessa de muitas conquistas e surgimento de novos deuses que entrarão para a história.

23.8.08

Dunga mantém base olímpica para jogos das eliminatórias. Juan (Fla) é a novidade

A CBF divulgou nesta sexta-feira em seu site oficial a lista de 22 jogadores convocados pelo técnico Dunga para os jogos contra Chile e Bolívia, pelas eliminatórias da Copa de 2010 . O treinador manteve a base da seleção que disputou os Jogos Olímpicos . A supresa foi o lateral Juan, do Flamengo , chamado pela primeira vez.

Dos 18 atletas que conquistaram o bronze em Pequim, nove foram convocados para a seleção principal: Renan, Rafinha, Alex Silva, Lucas, Diego, Anderson, Ronaldinho, Jô e Rafael Sobis. Pato, barrado por Dunga nos últimos jogos, ficou fora da relação.

Kaká, ainda em recuperação de uma tendinite no joelho esquerdo, também não foi convocado, assim como Adriano, que teve problema muscular e deve desfalcar o Inter de Milão por um mês.

A partida contra o Chile está marcada para o dia 7 de setembro (domingo), em Santiago. O jogo contra a Bolívia será na quarta-feira, dia 10, no Engenhão, no Rio de Janeiro.

Confira todos os convocados:

Goleiros

Júlio César (Inter de Milão)
Renan (Internacional)

Laterais

Maicon (Inter de Milão)
Kleber (Santos)
Juan (Flamengo)
Rafinha (Schalke)

Zagueiros

Juan (Roma)
Lúcio (Bayern de Munique)
Luisão (Benfica)
Alex Silva (São Paulo)

Volantes e meias

Gilberto Silva (Panathinaikos)
Lucas (Liverpool)
Elano (Manchester City)
Anderson (Manchester United)
Josué (Wolfsburg)
Diego (Werder Bremen)
Julio Baptista (Roma)

Atacantes

Robinho (Real Madrid)
Ronaldinho Gaúcho (Milan)
Jô (Manchester City)
Luis Fabiano (Sevilla)
Rafael Sobis (Bétis)

22.8.08

Maurren Maggi voa e garante segunda medalha de ouro do Brasil em Pequim

Enquanto as adversárias estavam maquiadas, com cortes de cabelo ousados e piercings no umbigo, Maurren Maggi chegou para a final do salto em distância nesta sexta-feira de cara limpa, com um simples coque. Após cinco saltos e marca de 7,04m no Ninho do Pássaro, veio o enfeite que ela queria: a medalha de ouro.

Com a conquista desta sexta, Maurren entra para a história ao se tornar a primeira brasileira a garantir uma medalha de ouro no atletismo. Além disso, desde 1984, com Joaquim Cruz nos 800m rasos, que o Brasil não garantia o primeiro lugar no pódio dos Jogos Olímpicos.

A prata ficou com a atleta russa Tatyana Lebedeva com a marca de 7,03m. A nigeriana Blessing Okagbare garantiu a medalha de bronze com 6,91m.

Maurren Maggi chegou concentrada. Na apresentação, se limitou a dar um sorriso para as câmeras e um tchauzinho para o público presente no Ninho do Pássaro. Antes do primeiro salto, fez o sinal da cruz, pediu as palmas do público, deu um berro e voou: 7,04m, seu melhor salto na temporada. O ritual iria se repetir em todos os saltos. Mas, nas próximas três tentativas, a vontade da brasileira de garantir logo o ouro era tanta que acabou queimando e anulando aos boas marcas alcançadas.

A preocupação em não queimar mais fez com que Maurren saltasse bem longe da linha vermelha. Mesmo assim, atingiu 6,76m. Antes do último salto, a brasileira ainda precisava torcer contra a russa Tatyana Lebedeva, a única que ainda podia ameaçar o seu objetivo.

A russa até chegou a assustar atingindo 7,03m em sua última tentativa. Mas, por um centimetro, não conseguiu acabar com o sonho de Maurren, que dispensou o último salto e já foi comemorar a conquista.

Enquanto Lebedeva tirava areia da perna e não escondia a decepção no banco, Maurren foi até a arquibancada e abraçou o técnico, Nélio Moura. Pegou uma bandeira do Brasil e, para homenagear o país-sede dos Jogos, levou também uma bandeirinha da China. Correu pelo Ninho do Pássaro, vibrou e chorou, até voltar ao ponto de onde tinha saído para abraçar o treinador de novo.

Keila Costa, que tentava beliscar um lugar no pódio, acabou parando na metade da prova, quando há o corte das quatro piores marcas. Como queimou as duas primeiras tantativas, a brasileira só teve um salto computado: 6,43m. Ela terminou a competição em 11º lugar das 12 classificadas para a final.

Argentino tenta entregar lencinho para Pelé chorar derrotas no futebol

Pelé teve uma surpresa na visita que fez à Vila Olímpica nesta sexta-feira. Quando dava uma entrevista para a imprensa internacional, foi abordado por um jornalista de um programa de humor argentino que ofereceu um lenço para o Rei 'chorar a derrota no masculino'. Pelé deixou o argentino com o lenço na mão e seguiu caminho. Antes, rebateu uma provocação sobre a derrota do time feminino para os Estados Unidos. - Nós não perdemos. Ganhamos a medalha de prata. Tem que saber perder e ganhar. Não estou triste. O Pelé está sempre contente - disse. Pelé elogiou a campanha da seleção feminina em Pequim. - A mensagem que quero dar para elas é que nós não perdemos. Nós ganhamos a medalha de prata. As americanas são muito preparadas, jogam desde o colégio. As brasileiras são heroínas por terem chegado lá - disse. Em sua passagem pela Vila, Pelé distribuiu autógrafos, tirou fotos e fez campanha para a candidatura Rio-2016. Ganhou uma camisa da Jamaica, tirou fotos com a chinesa campeã do tênis de mesa e mandou mensagens para o povo colombiano. - Tem tanto tempo que eu parei de jogar e ainda assim recebo todo esse carinho. Até parece que eu fiz o gol da vitória da seleção na partida de ontem à noite. Além disso, Pelé voltou a dizer que a seleção masculina não se preparou direito para disputar os Jogos de Pequim. E pediu atenção para as Copas do Mundo de 2010 e 2014. - Ultimamente, o que acontece no Brasil é a falta de treino e de conhecimento dos jogadores. Temos que tomar cuidado daqui para frente. Temos dois anos para a Copa de 2010 e seis para a nossa, no Brasil. Não podemos botar pressão em jogadores antes de eles estarem preparados. Pato, Robinho, Anderson e Diego são jogadores que ainda estão em formação e a gente começa a dizer que é craque. Temos que nos preparar bem - disse

21.8.08

Meninas lutam, mas perdem a medalha de ouro para os Estados Unidos

“O que foi que eu fiz de errado?”, perguntou Marta após sua última chance, olhando para o céu. A resposta é difícil de dar, mas o resultado final explica o choro da melhor jogadora do mundo ainda no gramado: Estados Unidos 1 x 0 Brasil. Nesta quinta-feira, as brasileiras lutaram e correram muito no Estádio dos Trabalhadores em Pequim, dominaram os primeiros 90 minutos, tiveram o apoio da torcida chinesa, mas as americanas demonstraram mais preparo físico e conseguiram a medalha de ouro do futebol feminino das Olimpíadas na prorrogação.

. Veja a SUPERGALERIA de fotos O gol foi de Carli Lloyd, aos 6 minutos do primeiro tempo extra. Sob os olhares de Pelé e Kobe Bryant na tribuna de honra, as brasileiras apostaram tudo nos 90 iniciais, mas não conseguiram marcar. Marta correu, driblou, chutou. Tentou de tudo. Incansável. Porém, a goleira Hope Solo não deixou a camisa 10 realizar o sonho de ser campeã olímpica. O grito de gol brasileiro ficou preso na garganta aos 29 do segundo tempo da prorrogação: após cobrança de escanteio, Renata Costa acertou a bola na rede. Pelo lado de fora.Em quatro edições do futebol feminino, os EUA chegaram a quatro finais. Só perderam em 2000, para a Noruega. Em Atenas, há quatro anos, venceram o Brasil também na prorrogação, por 2 a 1. O bronze dos Jogos de Pequim ficaram com a Alemanha, que venceu o Japão por 2 a 0, repetindo assim o pódio de 2004.

Apesar do título olímpico de Atenas, as americanas entraram em campo na final de Pequim querendo vingança do Brasil. No ano passado, Marta & cia. golearam por 4 a 0 os EUA na semifinal da Copa do Mundo. Este é o terceiro vice seguido da seleção brasileira em competições importantes: duas Olimpíadas e o Mundial.

Chuva atrapalha toque de bola
A bola no primeiro tempo ficou mais nos pés das brasileiras. Porém, até os 30 minutos, poucas chances de gols. As americanas apertaram a marcação em Marta e Cristiane, e o Brasil não conseguiu furar a defesa. O campo molhado também prejudicou os passes no time de Jorge Barcellos.

Do outro lado, Bárbara não era testada. Os EUA tentavam contra-ataques, mas sem sucesso. A partir dos 30, o Brasil foi para cima. Marta e Cristiane “acordaram” e fizeram a bela goleira Hope Solo trabalhar. A mesma que no ano passado disse que não levaria os quatro gols da derrota americana na semifinal da Copa do Mundo (ela ficou no banco).

Primeiro, aos 30, Formiga roubou a bola no meio-campo e armou o contra-ataque. Marta partiu sozinha pela esquerda, Cristiane por dentro. Formiga preferiu lançar a camisa 11 entre a zaga, mas ela adiantou demais a bola e Solo salvou, na dividida.

Três minutos depois, Marta tentou sozinha. A craque aproveitou a desatenção da defesa, deu um pique e ficou com a bola pela ponta esquerda. Depois, driblou duas rivais e bateu de fora da área, para fora. Aos 41, foi a vez de Cristiane tentar resolver por conta própria. A artilheira arrancou pela esquerda, passou por duas e chutou forte, mas por cima do gol.
Solo e Bárbara brilham
No segundo tempo, o Brasil continuou assustando Solo após jogadas individuais. Aos 7, Marta passou com velocidade pelas americanas na esquerda, quase na linha de fundo, mas cruzou em cima da goleira. Dez minutos depois, a melhor do mundo arriscou de longe, por cima, longe. Logo depois, Daniela Alves sofreu falta na entrada da área. A própria camisa 7 cobrou, mas acertou a barreira.

Aos 36, Solo mostrou por que tem tanta certeza de que não tomaria os quatro gols do ano passado. Marta fez bela jogada na pequena área e bateu forte, cara a cara com a goleira americana, que, no reflexo, pegou com uma só mão.

Nos cinco minutos finais, os EUA resolveram sair da retranca. E Bárbara teve que trabalhar. Primeiro, a goleira brasileira quase entregou o jogo em uma dividida pela direita da área. Mas, aos 41, salvou: Hucles chutou rasteiro de fora da área, e Bárbara pegou no canto direito. Quatro minutos depois, a defesa mais importante da brasileira na partida. Érika perdeu a bola na entrada da área e Rodriguez tentou encobrir Bárbara, que tirou com a ponta dos dedos.

Americanas vencem no fôlego

Na prorrogação, as americanas apostaram no melhor preparo físico para superar a técnica brasileira. Deu certo. Primeiro, Rodriguez fez Bárbara trabalhar aos 3 minutos. De fora da área, bateu forte, mas a brasileira pegou com segurança. Três minutos depois, Lloyd pegou uma sobra na entrada da área e chutou. Dessa vez, Bárbara deixou a bola passar por baixo: 1 a 0 para os EUA.

As americanas seguraram a vantagem, e a melhor chance do Brasil de empatar foi aos 5 do segundo tempo. Após cruzamento da esquerda, a bola passou por todas as brasileiras na área dos EUA e nenhuma conseguiu tocá-la para o fundo da rede. Logo em seguida, Marta, incansável, ainda arriscou de fora da área, para fora. Aos sete, o desespero: a camisa 10 bateu falta de longe, a bola quicou e saiu rente à trave direita. Depois, chorou antes do apito final. Era o fim do sonho dourado.

Rival de Maurren é suspensa por doping

Além da portuguesa Naide Gomes, Maurren Maggi terá uma rival a menos na final do salto em distância, nesta sexta-feira, às 8h20m. A ucraniana Lyudmila Blonska foi flagrada no exame antidoping após conquistar a medalha de prata no heptatlo e está suspensa preventivamente pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). O exame de Blonska revelou a presença de esteróides. Ela estava classificada para a final do salto em distância com a terceira melhor marca entre as 12 finalistas – 6,76m – atrás apenas da americana Brittney Reese (6,87m) e de Maurren (6,79m). Apesar de bem posicionada para a decisão da medalha, a ucraniana não figurava entre as favoritas. Seu melhor desempenho este ano até as Olimpíadas era de apenas 6,66m. A brasileira, por exemplo, saltou 6,99m nesta temporada, quarta melhor marca do ano. Sem a ucraniana, a nigeriana Blessing Okagbara ganhou o direito de disputar a prova. Caso o COI confirme a suspensão, a atleta também perderá a medalha conquistada no heptatlo. A situação de Blonska pode piorar, já que não é a primeira vez em que ela se envolve com doping. Ela esteve suspensa entre 2003 e 2005, e por ser reincidente deve ser banida do esporte pela Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf). Além de Maurren, Keila Costa é outra brasileira na final da prova. Ela se classificou com o oitavo melhor salto – 6,62m.

20.8.08

'Brasil não respeita a sua história', debocha Mascherano após goleada

Antes de enfrentar o Brasil na semifinal das Olimpíadas, o volante Mascherano afirmou que estava cansado de ver a seleção jogando na defesa contra a Argentina. Após a goleada de 3 a 0 em Pequim, o ex-corintiano foi ainda mais duro nas críticas ao time de Dunga: - O Brasil não respeita a sua história há muito tempo - afirma o jogador do Liverpool ao “Olé”. Mascherano afirmou que já sabia que a seleção brasileira jogaria recuada contra os hermanos. Segundo o volante, foi a mesma tática dos últimos clássicos. Porém, dessa vez o time de Dunga foi dominado e acabou eliminado da disputa pela medalha de ouro. - Não queríamos que acontecesse o mesmo da Copa América. Não poderíamos dar espaços. Depois que abrimos o placar, tudo ficou mais tranqüilo - diz o volante, lembrando da derrota por 3 a 0 na decisão do torneio continental. O ex-corintiano foi o responsável ainda pela expulsão de dois jogadores brasileiros. Lucas e Thiago Neves levaram o cartão vermelho depois de faltas violentas sobre Mascherano. - Um 3 a 0 sobre o Brasil não acontece todos os dias. Isso nos deixa muito felizes - diz.

A final olímpica entre Argentina e Nigéria será no sábado, à 1h (de Brasília), no estádio Ninho do Pássaro em Pequim. Brasil e Bélgica disputam a medalha de bronze um dia antes, às 8h (de Brasília), em Xangai.

19.8.08

Time de Dunga leva chocolate da Argentina e dá adeus ao sonho do ouro

O sonho está, mais uma vez, adiado. Ronaldinho & cia. caíram diante da Argentina nesta terça-feira, no Estádio dos Trabalhadores em Pequim, de forma melancólica. Sob aplausos de Diego Maradona no Estádio dos Trabalhadores em Pequim, a equipe de Messi, Riquelme e Agüero devolveu o 3 a 0 da derrota para o Brasil na final da Copa América de 2007 e vai defender a medalha de ouro das Olimpíadas contra a Nigéria, sábado, no Ninho do Pássaro. Ao futebol brasileiro, resta torcer para a seleção feminina, que busca o título na quinta-feira, contra os Estados Unidos.


Quem foi ao estádio ver o duelo entre Messi e Ronaldinho acabou vendo o genro de Maradona brilhar: Agüero, que leva o nome da namorada Gianina Maradona na chuteira, fez dois gols e sofreu o pênalti convertido por Riquelme. O time de Dunga perdeu a cabeça no fim do jogo e ainda teve dois jogadores expulsos por faltas violentas no volante Mascherano: Lucas e Thiago Neves.Atual campeã olímpica, a Argentina encara a Nigéria no sábado, à 1h (de Brasília), na disputa pelo ouro. O Brasil volta a campo contra a Bélgica, sexta-feira, às 8h (de Brasília), em Xangai, para ver quem fica com a medalha de bronze.Messi mais objetivo que Ronaldinho

No primeiro tempo, a partida ficou concentrada em seus dois principais nomes: Ronaldinho e Messi. Do lado brasileiro, o camisa 10 aparecia mais pelo lado esquerdo, com bom controle de bola, mas sem muita objetividade. As tabelinhas com Marcelo funcionaram poucas vezes, e o novo craque do Milan pecou em prender demais as jogadas. Messi era mais objetivo. Sempre que pegava na bola, era sinal de perigo. A torcida percebeu isso. No início, Ronaldinho era o mais aplaudido pelos chineses. Com o decorrer do primeiro tempo, os torcedores já gritavam por Messi. E os brasileiros passaram a pará-lo com faltas.


O primeiro chute foi argentino. Aos 2 minutos, Mascherano tentou de fora da área, bem longe. O Brasil respondeu aos 5, com Sobis, que bateu cruzado da esquerda para fora. Pela direita, a seleção de Dunga criava seus principais lances com Rafinha, como aos 11: o lateral deu um lindo drible em Monzon e cruzou rasteiro, mas Sobis passou da bola, sem conseguir tocar nela. A resposta argentina veio em um minuto. Agüero driblou Breno e Alex Silva na área e chutou rente à trave esquerda de Renan. O último lance de perigo da etapa inicial foi de Messi. O jovem craque aproveitou falha de Rafinha, roubou a bola e entrou na área. Mesmo franzino, ganhou a dividida com Breno na área e chutou bem, mas Renan rebateu. A bola ainda passou perto de Agüero na pequena área, mas o atacante não a alcançou.
Genro de Maradona desequilibra

O genro de Maradona deixou para acertar a bola no segundo tempo, para azar de Renan. Logo aos 7, Di Maria recebeu de Gago na esquerda e cruzou para a área, e Agüero tocou de peito para o fundo da rede e abriu o placar: 1 a 0 para os hermanos. Um minuto depois, o Brasil quase empatou. Rafael Sobis dominou fora da área e arriscou, acertando a trave direita de Romero. Enquanto Ronaldinho mal pegava na bola, Messi resolveu partir para cima da zaga de novo. Aos 13, recebeu pelo meio da área, carregou para o lado direito sem receber marcação e tocou para Monzon. O lateral cruzou rasteiro, e Agüero, sozinho na pequena área, colocou a bola para dentro do gol de novo: 2 a 0.

O placar fez Dunga se mexer. O técnico tirou Hernanes e Rafael Sobis para colocar Thiago Neves e Alexandre Pato. E o atacante do Milan chegou a balançar a rede, mas em impedimento: aos 19, Ronaldinho Gaúcho cobrou falta e acertou a trave, Marcelo pegou o rebote e Pato tocou para o gol, mas em posição irregular. Jô ainda entrou para reforçar o ataque, mas na defesa o Brasil vacilava. Aos 29, Breno fez falta em Agüero dentro da área. Pênalti que Riquelme cobrou aos 30 e converteu: 3 a 0. O gol acabou com a calma do Brasil. Dois jogadores foram expulsos por falta no volante Mascherano: Lucas, aos 35, e Thiago Neves, aos 38. Depois, foi só ver a Argentina tocar a bola e ter que esperar mais quatro anos para outra chance de ouro no futebol masculino.

18.8.08

Abalada com sumiço de vara, Fabiana Murer fica fora da disputa por medalhas

Não era o dia de Fabiana Murer. A saltadora brasileira, uma das apostas do Brasil no atletismo, ficou abalada com sumiço de uma de suas varas e foi eliminada da disputa por medalha na final do salto com vara, na manhã desta segunda-feira. Fabiana não conseguiu recuperar a concentração e parou nos 4,65m.

- A revolta é com a organização. Foi muita desorganização. É um absurdo que percam material de um atleta em uma competição desse porte. Eles acabaram com a minha competição. Eu nunca mais volto para a China, nunca mais - disse Fabiana em entrevista ao SporTV.

A saltadora ainda explicou que dez varas foram entregues à organização do evento. Mas, quando chegou à área de competição, notou que faltava uma delas.

- Geralmente essas varas são guardadas em tubos separados. Mas, aqui, eles pegaram nossas varas e levaram em um carrinho para a competição. Quando fui para o segundo salto, vi que faltava uma. Tentei adaptar, mas não deu.

Fabiana começou a saltar em 4,45m e passou fácil já na primeira tentativa. Mas a tranqüilidade da brasileira em pouco tempo foi por água abaixo. Quando se preparava para o segundo salto, notou que havia sumido uma de suas varas. Revoltada, reclamou com os juízes e chegou a impedir que a atleta chinesa Gao Shuying realizasse seu segundo salto. Nitidamente irritada, a saltadora brasileira continuou procurando a vara em todos os tubos das adversárias, mas não encontrou. Após falar com o seu técnico Élson Miranda de Souza, que estava na arquibancada, Fabiana cogitou continuar assim mesmo, mas acabou abrindo mão de saltar os 4,55m e decidiu ir direto para 4,65m.

No entanto, na hora de saltar ficou claro que não havia recuperado a tranqüilidade. Ainda abalada, acabou derrubando o sarrafo nas três primeiras tentativas dos 4,65m. Após a eliminação, ela sentou em um canto da pista com o olhar perdido, parecendo não acreditar no que tinha acabado de acontecer.

Márcio e Fábio vencem austríacos e esperam Ricardo e Emanuel nas sem

O Brasil já tem seus primeiros representantes nas semifinais masculinas de vôlei de praia. Márcio e Fábio Luiz venceram os austríacos Gosch e Horst por 2 a 0, parciais de 22/20 e 21/17, e garantiram a classificação. Agora, os atletas podem encarar seus compatriotas Ricardo e Emanuel na briga por uma vaga na decisão. Os atuais campeões olímpicos enfrentam os americanos Gibb e Rosenthal no duelo que definirá uma das semifinais dos Jogos.
A outra será disputada pelos também brasileiros Renatão e Jorge, que defendem a Geórgia com os nomes de Geor e Gia, e os americanos Rogers e Dalhausser, que venceram seus confrontos das quartas-de-final.

Tensão e cartão amarelo no primeiro set

Estreante em Olimpíadas, Fábio Luiz entrou em quadra nervoso. Os austríacos começaram sacando no capixaba, que cometeu dois erros de contra-ataque e colocou os adversários em vantagem. Márcio trouxe a confiança de volta com um ataque indefensável, e a “Muralha” acordou. Com facilidade, a dupla abriu 10 a 7. Mas os adversários não se deram por vencidos, e chegaram a irritar os brasileiros.

Com o jogo em 15 a 13, Horst atacou no canto da quadra. A bola caiu próxima à linha e o ponto, acertadamente, foi marcado a favor dos brasileiros. O europeu e Márcio discutiram na rede, e levaram cartão amarelo por reclamação. Sem perder o foco, os brasileiros chegaram ao set point em 20 a 18, mas o cearense cometeu dois erros o duelo ficou empatado em 20 a 20. Foi só um susto. Com um ataque para fora de Horst, a parceria verde-amarela fechou em 22 a 20. Em vão, os rivais continuaram reclamando da arbitragem, mas era tarde.

Brasil dita o ritmo e garante a vitória
Após um primeiro set equilibrado, a parcial seguinte seria uma pedreira para os brasileiros, certo? Errado. Márcio e Fábio voltaram para a quadra virando todas as bolas, e não deram chances aos adversários. Com o jogo em 7 a 5, o “gigante” roubou uma bola de Gosch na rede e conseguiu mais que o terceiro ponto de vantagem para o Brasil: tirou a moral do austríaco, que vinha bem na partida. Rapidamente, o time abriu 11 a 6. Três erros dos brasileiros diminuíram a diferença para os adversários em 12 a 11. No entanto, apesar das tentativas Gosch e Horst, o time verde-amarelo fechou a quadra. Márcio brilhou na defesa e Fábio se impôs na rede. Com um bloqueio da “Muralha”, a vitória estava selada por 21 a 17, e a classificação, garantida.

Seleção feminina humilha Alemanha e está em mais uma final olímpica

A vingança perfeita, com goleada, gritos de “olé” e humilhação do antigo carrasco. Nesta segunda-feira, a seleção brasileira feminina venceu a Alemanha por 4 a 1, em Xangai, e já garantiu uma medalha nas Olimpíadas de 2008. Na quinta, o Brasil vai em busca do sonhado ouro na final do futebol, que escapou há quatro anos na decisão com os Estados Unidos. O Brasil nunca havia vencido a Alemanha em torneios oficiais. No ano passado, perdeu na decisão da Copa do Mundo, com direito a pênalti desperdiçado por Marta. Mas, as brasileiras lavaram a alma em Xangai. Formiga, Marta e Cristiane (duas vezes) marcaram, após Prinz ter feito 1 a 0 no início do jogo. Cristiante teve atuação de gala. Fez a jogada do gol de Formiga, marcou outros dois e saiu de campo ovacionada. Quando marcou o segundo, dançou. Mas fez as alemãs rebolarem: agora, ela é a maior artilheira da história das Olimpíadas, ao lado de Prinz, com dez. No banco de reservas, o técnico Jorge Barcellos fez o aviãozinho, consagrado por Zagallo em um amistoso com a África do Sul. A torcida gritava "olé", encantada também com o gol de placa de Marta. Do lado alemão, decepção. A goleira Nadine Angerer, que nunca havia sido batida pelas brasileiras, pegou quatro bolas na rede. Prinz, ex-melhor do mundo, viu que o reinado será de Marta por muito mais tempo.A final de quinta-feira será às 10h (de Brasília), no Estádio dos Trabalhadores, em Pequim. O rival será conhecido ainda nesta segunda: Estados Unidos e Japão se enfrentam às 10h (de Brasília). Se as americanas vencerem farão uma reedição da decisão de Atenas com o Brasil.
Brasil falha, e Prinz desencanta

A Alemanha veio com uma blitz para cima do Brasil. Os quatro minutos foram de sufoco, sem a seleção conseguir ficar com a bola. Faltas, escanteios, cruzamentos para a área. Um atrás do outro. Mas as conclusões não levaram perigo. O problema aconteceu aos nove minutos. A zagueira Érika falhou. Printz ficou com a bola e arrancou livre. A atacante teve calma para driblar Bárbara e tocar para marcar. Alemanha 1 a 0. Foi o primeiro gol da atacante alemã nos Jogos de Pequim, o décimo na história das Olimpíadas

O gol deixou as jogadoras brasileiras nervosas. O filme da derrota na final da última Copa do Mundo parecia se repetir. Apesar da segurança da experiente Tânia Maranhão, que disputa a quarta Olimpíada, a defesa brasileira falhava. Simone Jatobá quase deu outro presente para as alemãs. Mas o chute de Simone Laudehr foi para fora. Pouco depois, Prinz deu um passe primoroso para Mittag, que partiu em velocidade nas costas de Renata Costa. A alemã chutou rasteiro e Bárbara salvou a seleção com uma ótima defesa, de puro reflexo.

A seleção brasileira demora a se acertar. Formiga erra dois lances seguidos e fica falando sozinha. Visivelmente irritada. Daniela Alves faz falta no meio de campo e não aceita a marcação. Deitada, grita com raiva. O som ecoa por todo o estádio, que recebeu um público pequeno. Até Marta parece descontrolada. A melhor do mundo dá uma entrada dura em Stegemann e poderia até ter sido expulsa. Marta começa, então, um novo duelo contra a goleira Nadine Angerer. A camisa 1 alemã parece ser abençoada contra o Brasil. Na final da Copa do Mundo no ano passado teve uma atuação de gala. Pegou até pênalti da camisa 10 da seleção. No duelo da primeira fase, que terminou empatado por 0 a 0, fez defesas difíceis.

Marta arranca, mas Nadine chega primeiro e chuta para a lateral. A brasileira tem nova chance. Mas o chute vai para fora, por cima do travessão. Aos 27 minutos, Daniela Alves faz boa jogada e a bola sobra para Marta. Bomba da entrada da área, mas nas mãos da alemã.


No talento, Brasil vira o jogo

O gol parece ficar pequeno. Nada dá certo. A goleira Bárbara sai da área e grita batendo as mãos: "vamos, vamos!" Até que surge a genialidade. Não de Marta, mas de Cristiane. Ela coloca a bola entre as pernas de Stegemann e cruza. Marta fura e Formiga vem seca, com raiva, para soltar a bomba. Chute no ângulo de Nadine Angerer. E com o gol, aos 43, vem o grito de alívio. O jogo estava empatado. E acabava a invencibilidade de 223 minutos da goleira alemã contra o Brasil. A seleção volta a acreditar. E a arriscar. Marta solta a bomba da intermediária. Nadine mostra que ainda está ali e espalma para escanteio. Uma linda defesa. Cristiane estava demais. E ainda dá um lençol em uma alemã antes do fim do primeiro tempo. No intervalo, suspense. Tânia Maranhão saiu mancando. Sentia dores no tornozelo direito. Mas voltou para o segundo tempo. Que não poderia começar melhor. Aos três minutos, um rápido contra-ataque da seleção. Bola nos pés de Marta. Três brasileiras contra duas alemães. E a camisa 10 não é fominha. Dá o gol de presente para Cristiane. A atacante só toca rasteiro, sem chance para Nadine Angerer. Era a virada brasileira, o quarto gol de Cristiane nas Olimpíadas. Mas ainda faltava Marta superar Nadine. Acabar com a urucubaca contra a goleira alemã. E foi de biquinho, no melhor estilo Romário. Aos sete minutos, a brasileira recebeu em velocidade pela direita, driblou Hingst e deu um toque suave no canto da goleira. Brasil 3 a 1.

Com a vantagem, a seleção passou a administrar a partida. Fez o tempo passar. E explorou o contra-ataque. Aos 25 minutos, Marta recebeu na entrada da área e chutou para fora. Depois, Cristiane, pela esquerda, bateu mal, frente a frente com Nadine Angerer.

Para fechar com espetáculo, um pouco de dança. Aos 30, Cristiane arrancou pelo meio, driblou quatro rivais, entrou na área e tocou, devagar, no canto direito da goleira, sem defesa. Era o quarto gol de uma vingança história. Para comemorar, a camisa 11 comandou uma coreografia no gramado. Mas as alemãs é que rebolaram.

15.8.08

Alemanha vence Suécia na prorrogação e vai enfrentar o Brasil na semifinal

As Olimpíadas de 2008 terão mais um clássico entre Brasil e Alemanha no futebol feminino. Nesta sexta-feira, as alemãs venceram a Suécia por 2 a 0, na prorrogação, em Shenyang, e classificaram-se para disputar a semifinal com as brasileiras.

Na estréia da competição, Brasil e Alemanha empataram em 0 a 0. No ano passado, as duas seleções decidiram a Copa do Mundo e as européias levaram a melhor: vitória por 2 a 0, com direito a pênalti perdido por Marta.

Nas quartas-de-final das Olimpíadas, a Alemana venceu a Suécia com gols de Behringer e Laudehr, na prorrogação, após empate de 0 a 0 nos primeiros 90 minutos.

A semifinal entre Brasil e Alemanha será na próxima segunda-feira, às 7h (de Brasília), em Xangai, com transmissão ao vivo da Rede Globo e do SporTV.

A vencedora vai enfrentar na decisão quem levar a melhor no confronto entre Estados Unidos e Japão, também na segunda, às 10h (de Brasília). Nos Jogos de 2000, o Brasil perdeu para os EUA na final e ficou com a medalha de prata.

Salto com vara tem busca de novo título de Isinbayeva e estréia de Fabiana Murer

Elas são amigas, já treinaram juntas e dividem o mesmo treinador. Mas a partir das 23h10m desta sexta-feira, nos Jogos Olímpicos de Pequim, Yelena Isinbayeva e Fabiana Murer passam a ter objetivos distintos.

Enquanto a musa russa busca bater suas próprias marcas e se consagrar como grande nome do salto com vara, a bela brasileira de Campinas tenta provar que sua ascensão no ano não é à toa.

Dona dos recordes olímpico e mundial, Isinbayeva, que está na chave A da fase de classificação, busca o segundo ouro consecutivo em Jogos Olímpicos. Em Atenas-2004, a russa estabeleceu a marca de 4,91 m, ficando com a medalha de ouro na prova. No mundial, a altura atingida foi 5,04 m, o que faz dela a principal candidata ao primeiro posto em Pequim.

Em ascensão na modalidade, a pretensão de Fabiana, que é treinada pelo ucraniano Vitaly Petrov assim como a adversária russa, é de alcançar o pódio olímpico já nos seus Jogos de estréia.

Detentora do recorde sul-americano, obtido no Mundial indoor da Espanha, no início do ano, a brasileira acredita que aquela que saltar acima de 4,80 m estará entre as três melhores da competição.

A marca, aliás, é a sua melhor até o momento e segunda melhor do ano no mundo. Embora já seja reconhecida pelas suas rivais como um importante nome da modalidade, Fabiana Murer sabe que não pode se acomodar com o número alcançado.

Na chave B da competição, a brasileira terá um páreo duro contra a americana Jeniffer Stuczynski e a russa Yulia Golubchikova, principais concorrentes no grupo. Com Isinbayeva ao lado, a brasileira terá de superar seus limites para ter chances de medalha. E ainda precisará deixar a amizade de lado para chegar perto da russa

14.8.08

Empresário de Robinho reafirma que atacante deseja ir para o Chelsea

Pelas palavras do empresário de Robinho, Vagner Ribeiro, o Real Madrid pode começar a procurar um novo atacante para a temporada 2008/2009. Por telefone, de Madri, o agente reafirmou que o ex-santista deseja ir para o Chelsea o quanto antes.



Ribeiro confirmou que, juntamente com Robinho, se reuniu com o presidente do Real Madrid, Ramón Calderón, na última quarta-feira. E, mesmo com a posição do dirigente de não querer vender o brasileiro, o empresário segue confiante.

- Ele foi muito educado conosco. Falei para ele que temos uma proposta de 32 milhões de euros (R$ 77 milhões) do Chelsea e que o Robinho deseja sair. Disse que não adianta querer ficar com um jogador infeliz no elenco, pois ele assim não vai produzir tanto. Mas o Calderón disse que nem por 100 milhões venderia o Robinho. Ele foi enfático. Saí da reunião pensando que já era. Mas depois conversei com outras dirigentes do clube e vi que essa posição pode acabar mudando – conta Ribeiro, revelando um detalhe curioso: para surpresa dele e do brasileiro, Calderón mora a duas quadras da casa de Robinho em Madri, em uma mansão (“Parece até um sítio”, conta Ribeiro) cercada por vários seguranças e habitada por dezenas de cachorros.

O empresário, que está há 40 dias na Europa, viaja ainda nesta quinta-feira a Londres para se reunir com dirigentes do Chelsea. Segundo ele, o clube do técnico Felipão deve aumentar a proposta por Robinho, que ainda tem dois anos de contrato com o Real Madri. - Disse para o Calderón que ele está fazendo com o Robinho o mesmo que o Blatter (presidente da Fifa) disse que o Manchester estava fazendo com o Cristiano Ronaldo. Ou seja, escravidão. Eles não querem liberar o atacante, assim como o Manchester fazia com o português. Se eles fizerem isso, Robinho vai continuar, triste, e no ano que vem sairá por um valor bem menor do que oferecido pelo Chelsea atualmente – observou Ribeiro.

Substituído nos três jogos do Brasil, Pato pode ser barrado nas quartas

Titular nas três primeiras partidas do Brasil nas Olimpíadas, Alexandre Pato poderá ficar no banco contra Camarões, sábado, pelas quartas-de-final do futebol masculino. O atacante do Milan foi substituído em todos os jogos e pode perder o lugar para Rafael Sobis ou Jô.

Em entrevista à TV Globo, na China, o ex-colorado afirmou que não teme ir para a reserva. Em 192 minutos jogados, Pato fez apenas um gol, o mesmo que Sobis, que atuou apenas 63.

- Estou trabalhando forte. É uma opção do técnico me tirar ou me manter no time - disse.

Amigo de Pato desde as divisões de base do Internacional - os dois chegaram a dividir quarto -, Sobis evita rivalidade com o companheiro:

- Quanto mais jogar, melhor. Se os 18 pudessem jogar, seria bom, mas o treinador tem que escolher 11. Quem está entrando está fazendo muito bem.

Segundo a TV Globo, o treinamento de sexta-feira será fechado, o que pode indicar mudanças na equipe para as quartas-de-final.

Nesta quinta, Dunga comandou um treino em Shenyang. Os atletas que atuaram os 90 minutos contra a China ficaram no hotel, sem contar o goleiro Renan e o lateral Marcelo, que foram ao gramado.

Americanos castigam a Grécia e se vingam da derrota no Mundial-2006

Dois anos após a derrota nas semifinais do Mundial 2006, a seleção americana de basquete entrou em quadra nesta quinta-feira, em Pequim, decidida a dar uma resposta à Grécia. A vingança não foi na mesma moeda, porque o torneio de basquete ainda está na primeira fase, mas o efeito prático foi de alívio e redenção para os Estados Unidos. Com boa atuação de Kobe Bryant, que não estava na fatídica derrota no Mundial, os astros da NBA venceram por 92 a 69 e garantiram a classificação antecipada. Exceto pelos primeiros minutos do jogo, os gregos não ameaçaram os americanos em nenhum momento. Kobe e Chris Bosh foram os cestinhas, com 18 pontos cada, seguidos por Dwyane Wade, com 17, e LeBron James, com 13. A equipe européia foi liderada por Theodoros Papaloukas, com 15.

Equilíbrio, só no início

A Grécia iniciou a partida disposta a repetir o resultado do Mundial. Comandada pelo armador Spanoulis, a equipe européia chegou a abrir 13 a 9 no placar. Os americanos, no entanto, colocaram a cabeça no lugar e tomaram a dianteira, mesmo com as três faltas de Jason Kidd. Ao fim do primeiro período, eles lideravam por 20 a 16, com seis pontos de Kobe Bryant. O gigante Sofoklis Schortsianitis, que acabou com o jogo no Mundial, reforçou o apelido de Baby Shaq. Ele raspou a cabeça, adorou um cavanhaque e ficou ainda mais parecido com Shaquille O’Neal, pivô do Phoenix Suns.

Logo no início do segundo quarto, Kobe voltou a brilhar e levantou a torcida no ginásio. Ele completou uma ponte aérea após passe incrível de Dwyane Wade, que salvou a bola na lateral e encontrou o companheiro. Logo depois, LeBron também deu sua cravada num contra-ataque. Com Papaloukas na armação, os gregos tentaram reagir, mas a defesa dos EUA não deixou. Vibrando a cada ponto, os astros da NBA mantiveram a concentração. A diferença chegou a 10 pontos na metade do período. Após um erro de Carmelo Anthony, LeBron apareceu do nada para completar o lance com mais uma enterrada, forçando o técnico grego a pedir um tempo. Três minutos depois, o mesmo roteiro: cravada de costas de LeBron e mais uma parada no jogo. Àquela altura, a diferença já tinha chegado a 16 pontos. Ao fim do primeiro tempo, os americanos ampliaram para 51 a 32, numa exibição impecável. A Grécia até equilibrou as ações em quadra no terceiro período. Não permitiu que a vantagem aumentasse, mas também não conseguiu reagir no placar. Com Kobe, Bosh e LeBron inspirados, os americanos controlaram a liderança sem sustos e fecharam o período vencendo por 74 a 54. No último quarto, bastou controlar o resultado.
Os gregos ainda ameaçaram reagir, mas não tiveram fôlego e se conformaram com a derrota.

13.8.08

Brasil vence China e vai reencontrar Camarões nas quartas-de-final

Mais uma vez, Camarões estará no caminho do Brasil e de Ronaldinho Gaúcho nas quartas-de-final do torneio de futebol masculino das Olimpíadas. A seleção venceu a China por 3 a 0 nesta quarta-feira, gols de Diego e Thiago Neves (dois), em Qinhuangdao, e garantiu a primeira colocação do Grupo C. No sábado, o time de Dunga faz a revanche com os africanos.

Há oito anos, Camarões eliminou o Brasil nas quartas e depois foi campeão. A equipe, treinada por Vanderlei Luxemburgo, contava com Ronaldinho, então com 20 anos e a camisa 7 (a 10 era de Alex). O craque fez o gol de empate de 1 a 1, aos 48 do segundo tempo. Na prorrogação, tentou até fazer de bicicleta, mas a seleção levou o “gol de ouro” de Modeste e deu adeus ao sonho da medalha de ouro, ainda inédita para o país pentacampeão mundial. Com a vitória sobre a China, o time de Dunga soma nove pontos, com 100% de aproveitamento. Camarões, com cinco, foi vice no Grupo D. O segundo colocado da chave do Brasil é a Bélgica (seis pontos), que venceu a Nova Zelânida por 1 a 0 em Xangai (gol de Haroun) e vai pegar a Itália na segunda fase. Chineses e neozelandeses estão eliminados, com um ponto. O confronto entre brasileiros e camaroneses será no sábado, às 7h (de Brasília), em Shenyang, com transmissão ao vivo da Rede Globo e do SporTV, além de acompanhamento em Tempo Real no GLOBOESPORTE.COM.

Em Qinhuangdao, a seleção não precisou se esforçar para vencer os donos da casa. Destaque para Thiago Neves, que já havia jogado bem nos amistosos pré-Olimpíadas e começou como titular nesta quarta. O meia do Fluminense fez dois belos gols (em falta e chute de fora da área). Ronaldinho não brilhou como contra a Nova Zelândia, mas deu o lançamento para Diego abrir o placar.

Vitória sem esforço



Dunga escalou uma seleção diferente contra os chineses. O técnico poupou Alex Silva, Anderson e Hernanes, que tinham um cartão amarelo, e colocou em campo Thiago Silva, Ramires e Thiago Neves. O lateral-direito Rafinha deu lugar a Ilsinho. O goleiro Renan, que também tinha cartão, jogou normalmente.

Já classificado e precisando de apenas um empate para garantir a liderança, o Brasil não se esforçou muito para vencer. Nos primeiros minutos, tocou a bola, enquanto os donos da casa corriam de um lado para o outro, sem objetividade.
O primeiro gol saiu aos 18. Diego deixou a bola no meio-campo para Ronaldinho e correu. O camisa 10 parou e tocou para Diego entre os zagueiros. O ex-santista invadiu a área, driblou o goleiro Zhenli Liu e abriu o placar. A partir do gol, o time brasileiro passou a se poupar para as quartas. Ronaldinho e Alexandre Pato chegaram a ter chances no ataque, mas desperdiçaram. Sem entrosamento, Thiago Silva e Breno bobearam aos 37 minutos e Renan teve que trabalhar: após saída errada do ex-são-paulino, Ning Jiang driblou Ilsinho pela direita e cruzou rasteiro, a bola bateu em um brasileiro e obrigou o goleiro do Internacional (em breve, do Valencia) a colocá-la para fora. Aos 44, Pato teve a melhor oportunidade para ampliar no primeiro tempo. Lançado sozinho no ataque, o ex-colorado ficou cara a cara com Zhenli Liu, mas o goleiro defendeu. No rebote, a bola foi para a esquerda da área e Pato tentou bater direto para o gol, mas ela saiu à direita da baliza.

Na etapa final, o Brasil voltou com Rafael Sobis no lugar de Pato. E a jogada do segundo gol começou com o atacante do Bétis. Aos 20, Sobis foi derrubado na entrada da área. Dois minutos depois, Thiago Neves cobrou a falta com perfeição, à esquerda do goleiro, sem defesa.

Aos 28, o segundo do meia tricolor, terceiro do Brasil. Thiago Neves recebeu fora da área e arriscou de canhota, rasteiro, por baixo de Zhenli Liu: 3 a 0. Goleada, mesmo sem correr.

Impressionado com cifras, presidente confirma negociação de Renan

Renan, um dos ídolos da torcida colorada, não joga mais pelo Inter. Ele defenderá o Valencia, da Espanha. O presidente do clube gaúcho, Vitório Piffero, confirmou na noite desta terça-feira, em entrevista para a Rádio Bandeirantes, a negociação com os europeus. O dirigente disse que as tratativas só poderão ser dadas como definidas quando houver a assinatura de contrato. Na prática, Renan está fora. Quando voltar das Olimpíadas, vai direto à Espanha. Os valores, ainda mantidos em sigilo, são superiores a 4 milhões de euros. Piffero ficou impressionado com as cifras apresentadas por um goleiro. - É uma proposta que não conheço similar para um jogador da posição no Brasil - diz Piffero. Renan, na China, já sabe da transferência. Ele disse aos dirigentes que gostaria de ir para o Valencia. E o torcedor colorado pode ficar atento: Michel Alves, do Juventude, tem grandes chances de ser contratado.

Phelps garante: ‘Não sou imbatível’

Mesmo depois de conquistar o título de maior recordista de ouros olímpicos, Michael Phelps acredita que ainda pode perder. Adotando sempre o discurso modesto, a estrela americana comemorou de forma comedida o novo feito histórico.

- Depois (dos 200 m borboleta) comecei a me dar conta disso, agora tenho que me concentrar nas próximas provas, mas é claro que 'o maior atleta olímpico de todos os tempos' é algo muito bom, me sinto muito honrado - disse o nadador americano logo após a final do 4x200m livre.

Em Pequim, ele já garantiu cinco medalhas e cinco recordes mundiais (200m livre, 200m borboleta, 200m medley e os revezamentos 4x100m livre e 4x200m medley). Pela frente, ele ainda tem mais três provas (100m borboleta, 400m medley e 4x100m medley). Apesar de ninguém duvidar que essas outras três medalhas douradas já têm destino certo, o americano garante que tem chances de perder.

- Ainda não acabou, não sou imbatível, ninguém é imbatível, todo mundo pode ser vencido – disse.

Após conquistar o recorde de ouros olímpicos com 11 medalhas, Phelps terá a chance de garantir uma nova marca histórica em Pequim: maior número de medalhas douradas em uma mesma edição da competição. Até agora, a façanha (sete ouros) é do também americano Mark Spitz, conquistada nas Olimpíadas de Munique 1972.

12.8.08

Americanos jogam para o gasto e vencem a fraca seleção de Angola sem sustos

Na estréia do Dream Team original, em Barcelona, a seleção de Angola foi massacrada e perdeu por 68 pontos de diferença. Dezesseis anos depois, o mundo mudou um bocado. Nesta terça-feira, em Pequim, os americanos venceram de novo, com um pouco menos de facilidade. Após um primeiro tempo em que não conseguiu encaixar seu jogo, a equipe do técnico Mike Krzyzewski só abriu vantagem na segunda etapa e venceu por 97 a 76 – menos de um terço da diferença de pontos aplicada por Jordan, Magic, Bird e cia.

O cestinha americano foi Dwyane Wade, com 19 pontos, seguido por Dwight Howard (14) e LeBron James (12). Carlos Morais liderou os angolanos com 24. O próximo desafio dos Estados Unidos, na quinta-feira, é indigesto: a Grécia, algoz no Mundial de 2006.
Depois de Barcelona, americanos e angolanos se enfrentaram nos Jogos de 1996, em Atlanta, e 2004, em Atenas. Foram duas vitórias dos astros da NBA, mas em nenhuma eles passaram dos 90 pontos.

Equilíbrio, só no início

Desta vez, a equipe africana ameaçou fazer jogo duro. Leonel Paulo abriu o placar, e o equilíbrio se manteve na primeira metade do quarto inicial. Os EUA tiveram dificuldades para encaixar o jogo de velocidade e chegaram a estar três pontos atrás. Mas deram um jeito de liderar por 29 a 18 ao fim do período.

Kobe Bryant fez um primeiro tempo para esquecer, com cinco arremessos tentados e nenhum convertido. Ainda assim, o time americano foi para o intervalo com 55 a 37 no placar. O cestinha da equipe era Dwight Howard, com 12 pontos, seguido pelos 11 de LeBron James e Dwyane Wade. Àquela altura, Carlos Morais liderou Angola com 14.

No segundo tempo, os africanos continuaram incomodando, mas não conseguiram reagir. Kobe acertou quatro chutes e chegou aos oito pontos, mas continuava péssimo nos tiros de longa distância. Mas Wade cresceu na partida e, no início do último quarto, a vantagem dos EUA chegou a 30 pontos. Dali em diante, bastou administrar o placar até o fim.

Espanha sofre para vencer a China, mas joga balde de água fria na torcida

Antes do começo dos Jogos Olímpicos de Pequim, o pivô chinês Yao Ming declarou que não acreditava em um pódio para sua seleção de basquete nos Jogos de Pequim. Por muito tempo durante a partida contra a campeã mundial, a Espanha, parecia que o astro do Houston Rockets estava errado. Vencendo por até 15 pontos de diferença, os chineses não conseguiram manter o bom ritmo que tiveram durante quase todo o jogo e os espanhóis conseguiram empatar no finalzinho do tempo regulamentar, finalizando em 72 x 72. Nos cinco minutos de prorrogação, o time da casa voltou completamente perdido, principalmente depois de ficar sem Ming com a quinta falta, perdendo por 85 x 75, uma diferença de 10 pontos, o que parecia improvável até poucos minutos antes. O ala/pivô do Los Angeles Lakers Pau Gasol foi o dono do jogo marcando 29 pontos e mostrando seu talento com uma linda enterrada no tempo extra. Esta foi a segunda vitória da equipe no torneio, depois da fácil vitória contra a Grécia na primeira rodada.

A partida

A seleção da China começou empurrada por um ginásio que tinha pelo menos 90% de torcedores do país e liderada por Liu Wei, que marcou 19 pontos no jogo, e Zhu Fangyu, que fez 15. O técnico Aíto García tentava de tudo, trocando seus jogadores e fazendo 11 deles entrarem em quadra, com a exceção de Berni Rodríguez, antes do final do quarto, ganho pelos chineses por 20 x 18.

A segunda metade veio e para piorar a situação, dois jogadores assustaram a torcida. José Manuel Calderón, sofreu uma falta de ataque e caiu de costas, batendo muito forte com a nuca no chão. Depois foi a vez de Jiménez, que ao tentar dar um toco em um contra-ataque, passou em branco e sofreu uma queda muito feia. Os espanhóis terminaram o primeiro tempo perdendo por 46 x 37 sem qualquer sinal de que conseguiriam a recuperação.

O terceiro período começou com Pau Gasol, mesmo cansado pela longa temporada na NBA, pedindo bolas todo o tempo e fechando em 20 pontos a cinco minutos do final do quarto, que teve também um primeiro revés para a China com a quarta falta para Yao Ming. Mesmo assim a vitória continuava com os donos da casa com 61 x 47.


No último quarto veio a reação européia. Com uma cesta de três pontos de Juan Carlos Navarro, faltando apenas dois minutos para o final, o jogo ficou empatado em 70 x 70. Whang Zhizhi fez uma cesta, chegando a 15 pontos, faltando 1m08s para o fim. O irmão mais novo de Pau, Marc Gasol, empatou a partida, faltando 19 segundos para o final. O novo fenômeno do basquete mundial, Ricky Rubio, de apenas 17 anos, levou uma falta com 12 segundos para o fim, mas a Espanha não conseguiu marcar com Garbajosa e aí veio a prorrogação, Pau Gasol e Rudy Fernández, para pegar rebotes, marcar pontos e fazer os torcedores locais sofrerem em sua ida para casa.

Após vitória suada na estréia, Renata e Talita vencem austríacas com autoridade

Elas disseram que o sofrimento para confirmar a vitória na estréia foi motivado pelo nervosismo. A julgar pelo que se viu em sua segunda partida nas Olimpíadas de Pequim, Renata e Talita tinham razão. Tranqüilas, as brasileiras derrotaram as perigosas irmãs Schwaiger, da Áustria, por 21/18 e 21/19, e garantiram a classificação para as oitavas-de-final.Com o resultado, as brasileiras ganham tranqüilidade para o último confronto da fase de grupos. Na próxima quinta-feira, a partir de 1h (de Brasília) Renata e Talita cumprem tabela contra as gregas Karantasiou e Arvaniti, que ainda não conseguiram vencer na competição. Já as Schwaiger encaram as mexicanas Candelas e Garcia no mesmo dia, às 2h.

Saque é a principal arma das brasileiras Conscientes do perigo representado pelas irmãs austríacas, Renata e Talita entraram em quadra com uma estratégia bem definida: forçar o saque a qualquer custo. Apesar de cederem alguns pontos para as adversárias mandando serviços para fora, as brasileiras acertaram na escolha. Absolutamente tranqüilas, abriram dois pontos de vantagem em 10 a 8 e foram aumentando progressivamente a vantagem até 18 a 14. As rivais ainda tentaram reagir, mas a variação de jogadas das brasileiras garantiu a vitória para o lado verde-amarelo por 21 a 18.

Renata e Talita continuaram a ditar o ritmo do jogo na parcial seguinte. Após um início equilibrado, as brasileiras abriram uma larga vantagem de cinco pontos (12 a 7). As austríacas contaram com a sorte e os bons saques de Doris para diminuir a diferença para 13 a 12. Mas Talita soltou o braço e colocou o Brasil à frente por 16 a 13. Stefanie e Doris não se deram por vencidas, e encostaram em 17 a 18. A dupla verde-amarela, porém, manteve a tranqüilidade para fazer o seu melhor: com uma largada de Talita em cima do bloqueio rival, a parceria fechou por 21/19.

Tiago Camilo conquista o bronze e põe o judô no topo do ranking olímpico do país

O judoca Tiago Camilo conquista a terceira medalha para o Brasil nestes Jogos Olímpicos de Pequim. Como seus companheiros de equipe Leandro Guilheiro e Ketleyn Quadros, Tiago levou o bronze ao vencer nesta terça-feira por desistência com 1 minuto para o fim de luta o holandês Guillaume Elmont. A medalha de ouro ficou com o algoz de Tiago nas quartas, o alemão Ole Bischof, que na final derrotou o sul-coreano Jaebum Kim. A outra medalha de bronze foi para o ucraniano Roman Gontiuk.

Tiago repete o feito de Flávio Canto, que quatro anos antes, em Atenas, conquistou o bronze no meio-médio. Esta é a segunda medalha olímpica do atual campeão mundial, que foi prata nos Jogos de Sydney, em 2000. Com o resultado, o judô passa a ser a modalidade a ter mais medalhas na história do país em Jogos Olímpicos, 15, deixando para trás o iatismo, que até o momento tem 14 medalhas. Tiago também se torna o terceiro judoca brasileiro a ter duas medalhas olímpicas no currículo (e o primeiro com um título mundial); os outros dois são Aurélio Miguel (ouro em Seul (1988) e bronze em Atlanta (1996) e Luciano Guilheiro (bronze em Atenas (2004) e bronze em Pequim). E a conquista veio suada. Apesar de ter feito 10 minutos de luta nas semifinais e demonstrado cansaço, o holandês Guillaume, campeão Mundial no Cairo (2005), partiu para o ataque desde o início e dificultava a pegada de gola do brasileiro. Com dificuldades para fazer seu jogo, Tiago acabou sofrendo uma punição por falta de combatividade com 2m50s de luta. Na desvantagem, o brasileiro precisou se expôr e conseguiu virar o placar, ao aplicar um ouchi-gari faltando 1m45s para o fim e somar um wazari.

Com a virada, quem precisou se expôr foi o holandês, o que facilitou a vida de Tiago Camilo. Em um ataque, o brasileiro pegou o braço de Guillaume e partiu para a finalização. O adversário defendeu, mas acabou permitindo a montada, de onde Tiago foi para o estrangulamento. A vitória viria logo em seguida, com Guillaume desistindo faltando 1 minuto para o fim da luta. Para alegria de Camilo, que, emocionado, não conteve as lágrimas ao sair do tatame.


11.8.08

Brasil tem primeiro grande desafio nos Jogos Olímpicos de Pequim: a Sérvia

O Brasil iniciou o ano de 2008 com a escrita de nunca ter perdido para a Sérvia desde o início da “Era Bernardinho”, que começou em 2001. Porém, durante a fase classificatória da Liga Mundial, aconteceu a primeira derrota. Desde então, o rival só cresceu. Tanto que chegou à decisão da competição, no Rio de Janeiro, quando a seleção brasileira ficou, pela primeira vez em oito anos, fora do pódio. Após vencer o Egito na estréia dos Jogos Olímpicos de Pequim, a equipe sérvia reaparece no caminho dos brasileiros. Sem dúvida, será o primeiro grande adversário do time nas Olimpíadas. Às 3h30m (de Brasília) desta terça-feira.

O jogo contra o Egito serviu para dar confiança ao Brasil. Depois da decepção da Liga em casa e de um desentendimento em um treino, que deu o que falar, foi importante para a seleção brasileira enfrentar um time mais fraco para começar com o pé direito nas Olimpíadas, passar o nervosismo da estréia, ganhar ritmo e crescer para tentar chegar ao bicampeonato. O ponteiro Dante segue esse raciocínio: - Pelo menos, passou o nervosismo. Estrear contra um adversário teoricamente inferior te deixa mais tranqüilo. Só que agora será diferente. Pois é, será diferente. Os sérvios estão numa crescente, foram vice-campeões da Liga Mundial, estão embalados, e o Brasil sabe disso. Apesar de terem perdido na primeira partida das Olimpíadas para a Rússia, os brasileiros não se iludem. Segundo o líbero Serginho, após a primeira vitória sérvia sobre o país, o rival teve a certeza de que o Brasil pode ser vencido. Além disso, a presença do gigante Miljkovic e do experiente Grbic podem fazer a diferença. - A Sérvia jogou conosco quatro vezes na Liga Mundial e em todas elas foi 3 a 2, ganhamos três e perdemos uma. Temos que ter muita cautela, porque eles têm muito volume de jogo - diz ele.

Mais jogos da segunda rodada

Antes do jogo entre Brasil e Sérvia, três partidas abrem a segunda rodada do vôlei masculino nos Jogos Olímpicos de Pequim. Rússia e Alemanha fazem o primeiro duelo. Este, ainda nesta segunda-feira (às 23h, de Brasília). Na seqüência, à 1h, Egito e Polônia se enfrentam. Às 1h30m, acontece o confronto entre Estados Unidos e Itália Depois da partida da seleção brasileira, Venezuela e China entram em ação às 9h. Para fechar a rodada, Japão e Bulgária se encontram às 11h.

ASSITA AO VIVO VÔLEY DE PRAIA

CLIQUE AQUI ASSISTA AO VIVO
VÔLEY DE PRAIA

ANA PAULA/LARISSA

http://aovivoesportes.terra.com.br/volp/olimpiadas2008/26-br/

Judô ganha dois bronzes e abre quadro de medalha do Brasil nos Jogos de Pequim

Saiu a primeira medalha do Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim. Ou melhor, saíram as duas primeiras medalhas. Leandro Guilheiro e Ketleyn Quadros conquistaram o bronze no judô, categoria peso leve, e já igualaram o desempenho da equipe brasileira da modalidade nos Jogos de Atenas, em 2004. A vitória de Ketleyn no feminino tem um sabor mais do que especial, já que é a primeira medalha olímpica de uma brasileira em um esporte individual nos Jogos e a primeira medalha da história do judô feminino na competição. Com os dois bronzes, a seleção brasileira de judô se iguala ainda à equipe de atletismo em números de medalhas em todas as edições de Olimpíadas, 13, ficando atrás apenas da vela, que tem 14 até Pequim.

- A ficha ainda está caindo. Sei que isso é muito positivo para mim e para o judô brasileiro. Mas eu ainda não pude ter noção de tudo isso - disse Ketleyn em entrevista à Rede Globo.

Ao lado da lutadora, a técnica da equipe feminina do Brasil, Rosicléia Campos, vibrava com o feito inédito.

- A gente fez história! - gritava Rosicléia.

O feito de Leandro Guilheiro não é menos especial. Afinal, Leandro chega em Pequim ao seu segundo pódio olímpico, igualando o número de medalhas de Aurélio Miguel (ouro em Seul (1988) e bronze em Atlanta (1996)) em Olimpíadas. Na decisão do masculino, Guilheiro fez uma luta relâmpago, derrubando o iraniano Ali Malomat em 23s, e conseguindo o ippon, pontuação máxima do esporte. O bronze de Ketleyn chegou um pouco antes, com a vitória da brasiliense sobre a australiana Maria Pekli, com um ippon no golden score, após ter empatado com uma punição para cada lado nos cinco minutos de luta.

A caminhada para os feitos históricos

Leandro e Ketleyn pegaram nomes fortes do judô mundial nesse caminho até as duas medalhas de bronze. Em sua primeira luta em Jogos Olímpicos, a brasiliense de 20 anos passou pela atual vice-campeã asiática, a sul-coreana Sin-Young Kang. Do outro lado, Guilheiro tinha uma estréia que parecia mais tranqüila, contra o argentino Mariano Bertolotti. Entretanto, a punição sofrida no início fez com que Leandro tivesse que correr atrás do placar. A técnica, aliada com o uso correto da regra, fez Leandro Guilheiro forçar o adversário a sofrer seguidas punições, garantindo a virada e a vitória na estréia.

O destino, porém, foi diferente para os dois medalhistas de bronze na segunda luta do dia. Ketleyn mostrou que não se intimida com títulos e encarou de igual para igual a medalhista de bronze em Atenas, a holandesa Deborah Gravenstijn. Entretanto, a experiência da adversária contou e a brasiliense foi surpreendida com um contra-golpe, sofrendo o koka que lhe tiraria da caminhada pelo ouro. No masculino, Leandro aplicava o primeiro ippon brasileiro em Pequim, derrubando o sul-africano Marlon August.

Enquanto Ketleyn torcia por sua adversária para ir à repescagem, o que aconteceria mais tarde com a vitória de Deborah sobre a espanhola Isabel Fernandez, Leandro via o sonho do ouro ser adiado, ao perder no golden score para o atual campeão mundial, o coreano Kichun Wang. Com Wang na semifinal, Guilheiro tinha a tranqüilidade de saber que o bronze ainda era possível.

Os dois judocas provaram na luta seguinte que as derrotas não haviam balançado sua confiança. Com um semblante bastante confiante, principalmente para uma estreante, Ketleyn passou simplesmente pela campeã olímpica (Sydney-2000) e mundial (1997) Isabel Fernandez, com uma punição por falta de combatividade para a espanhola durante o golden score. Leandro estreou na repescagem com estilo, ao vencer por ippon o uzbeque Shokir Muminov.

Faltavam então duas lutas para o pódio. E Ketleyn Quadros garantiu com um ippon sobre a japonesa Aika Saito a que já era a melhor participação de uma judoca brasileira na história das Olimpíadas. No masculino, Leandro Guilheiro seguia sua seqüência de ippons, conseguindo o terceiro, desta vez sobre o ucraniano Gennadii Bilodid na final da repescagem.

Na disputa do bronze, a tensão ficou do lado apenas da torcida brasileira. Dentro do tatame, os judocas mostravam muita concentração e tranqüilidade para despachar seus adversários. Primeiro foi a novata Ketleyn, que com um ippon, o seu segundo em Pequim, derrotava a australiana Maria Pekli e garantia a medalha inédita. Depois veio Leandro para coroar o dia, com um ippon relâmpago aos 23s de luta sobre o iraniano Ali Malomat