Os quase 30 mil torcedores do São Paulo que foram ao Morumbi esperavam que Adriano finalmente mostrasse o futebol que o levou ao título pessoal de Imperador. Certamente saíram satisfeitos. O atacante marcou os dois gols da vitória por 2 a 1 sobre o Audax Italiano (CHI), na noite desta quarta-feira, pela Libertadores.
O resultado deixou o São Paulo com quatro pontos no Grupo 7, na liderança provisória. Nacional e Sportivo Luqueño jogam nesta quinta.
Caminho pela direita
Muricy Ramalho apostou no improviso. Escalou Zé Luis na lateral direita e Éder Luis no meio, como armador. E foi pelo lado direito que saíram as principais jogadas são-paulinas. O volante, no papel de ala, insistiu no cruzamento para a área do Audax, e quase sempre encontrou os companheiros em condições de marcar. Aos sete minutos, Adriano desperdiçou um destes cruzamentos, após Zé Luis dar um drible da vaca em Leal. O Imperador teve outra oportunidade aos 12, mas perdeu para Garrido, que salvou a bola quase na linha.
Com um investimento forte pela direita, o Tricolor também arriscava de longe, já que o Audax se mantinha todo fechado. Jorge Wagner soltou uma bomba, obrigando o goleiro Villasanti a trabalhar duro. Aos 42, André Dias não conseguiu aproveitar um cruzamento de Éder Luis. Grande chance perdida. Adriano também levantou a torcida. Aos 46, ele chutou cruzado e a bola raspou a trave direita do Audax. O atacante ficou tão chateado pela oportunidade desperdiçada que socou o gramado. Um primeiro tempo sem gols, mas com muitas chances para o São Paulo.
Marca do Imperador
O Tricolor pretendia fazer, na etapa final, o gol que não saiu no primeiro tempo. Mas foi o Audax que veio mais aberto e assustou primeiro. Aos dois minutos, Villanueva, a estrela do time visitante, chutou à esquerda de Rogério Ceni. No minuto seguinte, o meia chileno recebeu outra bola, desta vez mais perto do gol, e o camisa 1 do São Paulo salvou a equipe de sofrer o primeiro gol. O troco veio com Borges, que arriscou o chute, mas Villasanti também fez seu milagre.
O goleiro chileno escapou de levar o gol novamente aos dez, quando Jorge Wagner cobrou falta de fora da área, Miranda cabeceou, o goleiro espalmou e André Dias errou o alvo pelo alto.
O Audax, que passou a arriscar mais no segundo tempo, chegou à rede são-paulina aos 12, com Rocco. Mas o árbitro anulou o gol, marcando falta do jogador em Ceni. O gol de verdade, e dos chilenos, saiu aos 17: Villanueva mostrou talento ao chutar cruzado, no canto direito do goleiro tricolor. Silêncio no Morumbi.
Muricy colocou mais um atacante em campo aos 27: Aloísio. E sacou o volante Fábio Santos. O objetivo era aproveitar a expulsão de Rocco, que aconteceu um minuto antes. Bastou Aloísio entrar para Borges chutar forte por cima do travessão, levantando o torcedor.
Adriano, que veio para o São Paulo para jogar principalmente a Libertadores, deixou sua marca aos 29 minutos: após cruzamento na área, ele cabeceou sem chances para Villasanti. Em uma explosão de alegria e raiva, correu até a torcida, bateu no peito e parou por alguns segundos, como se estivesse em transe. Depois, foi abraçado pelos companheiros e apontou para o céu. A torcida, que havia pedido a entrada de Aloísio, rendeu-se ao gol do Imperador.
E não acabou por aí: aos 39, o goleiro do Audax espalmou uma bola de Hernanes. A bola sobrou para Adriano na pequena área. Ele empurrou para a rede e repetiu a correria da primeira comemoração. Era o dia do Imperador. A torcida retribuiu o carinho com a bola através de muita cantoria ao homem do jogo.
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