O vôo de volta da delegação flamenguista para o Rio de Janeiro está marcado para o início da noite de sexta-feira. Mas, 24h antes, os jogadores do Flamengo decidirão, em campo contra o Nacional, o humor da viagem. Nesta quinta, o time entra no estádio Parque Central para acabar com a escrita recente de crises "pós-Montevidéu". A partida, pela terceira rodada da Taça Libertadores, acontece às 18h (horário de Brasília).
O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real tudo sobre o confronto a partir de 16h. O SporTV também transmite o duelo.
Afirmar que o Flamengo passará por maus bocados se perder o jogo é precipitado e, até certo ponto, exagerado. O time acumula dez vitórias em 12 jogos neste ano e tem na bagagem o título da Taça Guanabara e a liderança do Grupo 4 do torneio continental, com quatro pontos
Duas viagens recentes à cidade terminaram em crise
Mas as últimas viagens à capital uruguaia foram tão depressivas quanto a fina e insistente chuva que acompanhou a delegação rubro-negra desde a chegada, na terça.
Em 2006, o clube carioca programou dois amistosos em Montevidéu para realizar uma intertemporada e faturar algum dinheiro. Perdeu os dois jogos, e uma briga generalizada no vestiário sacudiu o ambiente interno da equipe.
Um ano depois, a visita foi para enfrentar o pequeno Defensor, quarta ou quinta força do decadente futebol local. Dirigido por Ney Franco, o Flamengo chegou credenciado pela segunda melhor campanha da primeira fase - 16 pontos em 18 possíveis. Atrapalhado outra vez por uma guerra de egos no vestiário, entrou em campo apático e foi atropelado por 3 a 0. No retorno ao Rio, a crise derrubou o pentacampeão do mundo Juninho Paulista, que teve o contrato rescindido.
- Sinceramente, achei que iria jogar. Mas fiquei no banco na última hora - diz Ronaldo Angelim, barrado na véspera da partida para a entrada de Juninho.
Mas nem todos os retornos de Montevidéu foram amargos. Em 1981, foi no estádio Centenário que o time comandado por Zico derrotou o Cobreloa e garantiu a única Taça Libertadores de sua sala de troféus.
Nacional está boa fase no Campeonato Uruguaio
O adversário desta quinta-feira tem três títulos do torneio e passa por uma fase ascendente. No último domingo, por exemplo, goleou o Defensor por 4 a 0 e lidera o Torneio Clausura com três vitórias em igual número de jogos. A única dúvida no time titular é em relação a Ligüera. O meio-campo estava com dores na coxa direita, mas treinou normalmente na véspera e deve, pelo menos, ficar no banco.
O técnico Gerardo Pelusso tornou-se um expert quando o assunto é Flamengo. Ele sabe a escalação inteira da equipe e é capaz de esmiuçar as características de todos os jogadores.
Porém, na hora de explicar qual tática adotará para sair de campo vencedor, o simpático treinador do Nacional foge pela tangente.
- Futebol é imprevisível, e quem fala muito costuma comer as próprias palavras - diz.
Sabiamente, Joel Santana também adotou um discurso cauteloso externamente. Nos bastidores, porém, incita os jogadores a lutarem pela vitória a qualquer custo. Durante o treino no campo do Defensor, ele apontou para as precárias instalações e disse que é "inaceitável" um clube do tamanho do Flamengo ser eliminado daquela maneira.
No único jogo que fez como visitante, o Flamengo empatou com o fraco Coronel Bolognesi e, como o outro jogo fora de casa será na altitude de 3.360m de Cuzco, a ordem é garantir o sossego o quanto antes.
- Seremos um time aguerrido. Não podemos vacilar porque o Nacional está de boca aberta para nos engolir - diz o treinador, que ainda não escolheu entre Cristian e Jaílton para a função de primeiro volante.
A expectativa é de casa cheia no confronto. Quase todos os 18 mil ingressos disponíveis devem ser vendidos.
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