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25.3.08

Clube muda estatuto e terá eleições diretas


A reunião no Conselho Deliberativo do Corinthians teve um clima de Pacaembu lotado para assistir a um jogo do Timão. E a maioria vibrou com o resultado final, pois o estatuto foi mudado e o Alvinegro passa a ter eleições diretas para presidente com a participação dos sócios, como já acontece em outros grandes clubes como Santos, Flamengo, Internacional e Grêmio. Foi um resultado avassalador, pois 227 votaram pelas diretas, um por eleições indiretas, um em branco e houve ainda duas abstenções.

Um pedido dos sócios facilitou ainda mais que a aprovação da mudança, já que os conselheiros votaram de forma aberta. Depois de muita discussão, ficou decidido que os candidatos a presidente precisam ter 11 anos de clube e dois mandatos como conselheiro no mínimo. Já os sócios só poderão participar do processo democrático após cinco anos de vínculo com o clube do Parque São Jorge.
Neste momento, cerca de 14 mil sócios estão aptos a votar, sendo que 4 mil pagam as suas mensalidades e outros 10 mil são remidos, que já são associados ao Corinthians há muitos anos e, mesmo sem contribuir, continuam integrando o quadro social.

O mandato de presidente passa de dois para três anos sem direito a reeleição, enquanto o de conselheiro diminui de quatro para três anos para equilibrar as coisas. Um presidente só pode tentar de novo o cargo seis anos depois do fim do seu mandato.

Mas o atual presidente Andrés Sanches poderá concorrer ao pleito previsto para fevereiro de 2009, já que cumpre um mandato "tampão" em substituição a Alberto Dualib, que renunciou ao cargo após 14 anos no poder e uma avalanche de escândalos policiais.

- A ditadura já havia acabado no Brasil e, aos poucos, as coisas vão se reformando. Esta vitória não é minha, é do Conselho, do torcedor e de todos os sócios que queriam as diretas já - afirma Sanches.

A diminuição do número de conselheiros de 400 para 300 também foi aprovada. Os 200 eleitos estão mantidos, mas os 200 vitalícios serão reduzidos para 100 com o decorrer dos anos. Um novo conselheiro vitalício só será nomeado quando tiverem menos de 100 na ativa.

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