Google

Guarde suas fotos

13.4.08

Tricolor vence com mão de Adriano e do juiz


om uma mão de Adriano, que abriu o placar do Morumbi usando o braço para empurrar a bola para a rede (assista ao vídeo ao lado), e outra mão do trio de arbitragem, que validou o lance, o São Paulo venceu o Palmeiras por 2 a 1 na primeira partida semifinal do Campeonato Paulista. Com o resultado, o Tricolor reverteu a vantagem e poderá, no próximo domingo, jogar por um empate no Palestra Itália para ir à decisão do estadual. O Verdão, por ter conseguido diminuir o prejuízo no final, precisa vencer – por qualquer contagem – para se classificar.

O São Paulo entrou no clássico cheio de problemas: um elenco desfalcado por lesões, o artilheiro Borges suspenso, dois atletas brigões afastados pela diretoria, oito titulares pendurados com dois cartões amarelos, uma derrota na última quarta-feira (1 a 0 para o Audax Italiano, no Chile) e ainda sob perigo de não se classificar para as oitavas-de-final da Libertadores da América.
Já o Palmeiras foi para o Morumbi repleto de confiança: time que mais pontuou no Paulistão (ao lado do Guaratinguetá), embalado por 14 partidas sem perder, dono de um dos ataques mais positivos do estadual, sem atletas suspensos, só com um pendurado e com os retornos de peças importantes como Kléber e Valdivia.

Lendo isso, você apostaria em quem? Palmeiras? Tenha certeza que muitos apostaram também...
Mas quem nunca ouviu as máximas do futebol: “clássico é clássico”, “time em crise costuma se reerguer nos clássicos”, “clássico não tem favorito”...? Então, dito e feito! O São Paulo, em crise e cambaleando, mandou no jogo. O Palmeiras, badalado e favoritíssimo, assistiu e ficou sem a vantagem.

O técnico são-paulino, Muricy Ramalho, surpreendeu e escalou Alex Silva, deixando Júnior no banco e armando o seu time no 3-5-2. Antes de a bola rolar, seu rival, Vanderlei Luxemburgo, disse que estava preparado para encarar um Tricolor assim: com três zagueiros e dois volantes.

Quem imaginou um São Paulo recuado, se enganou. O Palmeiras até teve mais posse de bola, só que o Tricolor criou as melhores chances e foi mais ameaçador. Importante dizer também que os donos da casa contaram com uma mãozinha extra. Três mãos, na verdade: uma do atacante Adriano, uma da auxiliar Maria Elisa Barbosa e outra do árbitro Paulo César de Oliveira. Aos 11 minutos, Jorge Wagner cruzou na área e o Imperador mergulhou para concluir. Ele queria cabecear, mas foi a mão direita quem tocou a bola a rede. E ninguém da arbitragem viu...
O erro desestabilizou o Palmeiras e o São Paulo passou a ficar mais perto do segundo gol que o Verdão do empate. Valdivia, esperança alviverde, mancava e quase não ameaçava a meta de Rogério Ceni.

O segundo tempo começou como terminou o primeiro, com o Tricolor melhor. A um minuto, Jorge Wagner aproveitou falha do Gustavo e lançou Adriano. O Imperador conduziu a bola, teve tempo para parar, olhar o gol, escolher o canto e fuzilar Marcos.

Com 2 a 0 no placar, a torcida são-paulina delirava e já via a final ficando mais próxima. Luxemburgo, então, fez três substituições (entraram Martinez, Denílson e Lenny) e conseguiu equilibrar a partida. Rogério Ceni passou a ser mais exigido e fez linda defesa num chute cara a cara de Diego Souza.
Aos 31 minutos, Lenny fez o que gosta: encarou o marcador, driblou e invadiu a área. Mas foi derrubado por Alex Silva. Pênalti! O outro Alex, o Mineiro, cobrou e fez o seu 12º gol no Campeonato Paulista.

O gol não salvou o Palmeiras da derrota, mas devolveu o ânimo ao time, que buscou o empate até o fim (e teve chance para isso!), e à sua torcida. No próximo domingo, num Palestra Itália que promete ferver – o Morumbi não lotou... –, o Verdão precisa de uma vitória por qualquer placar para se classificar para a final. O empate levará o São Paulo para decidir o título contra Guaratinguetá ou Ponte Preta.

Nenhum comentário: