
A eliminação na competição nacional soma-se à desclassificação no Campeonato Gaúcho. E o reflexo deve ser a demissão do técnico Celso Roth. Já o Atlético-GO enfrenta o São Caetano nas oitavas-de-final da Copa do Brasil.
Torcida empurra, time empaca
O Grêmio teve dois destaques no primeiro tempo: Roger e a torcida. O meia concentrou todas as iniciativas do time e equilibrou as deficiências dos colegas. E a galera apoiou o tempo todo. Na boa e na ruim.
O time de Celso Roth entrou voando. Com sete segundos, Perea já fez a primeira conclusão. Era o sinal de que o gol sairia logo, logo. Pois saiu aos cinco minutos, em pênalti batido por Roger com qualidade, no canto esquerdo do goleiro Márcio, que pulou para o outro lado. O próprio Roger havia sofrido a penalidade dois minutos antes.
Pronto. Estava aberto o caminho para a classificação gremista. O placar de 1 a 0 colocava o Grêmio nas oitavas-de-final. Mas o problema é que havia um bom time do outro lado do gramado. A atuação qualificada do Atlético-GO no primeiro jogo não foi obra do acaso. Após levar o gol, quando o natural era os visitantes se assustarem, o Dragão cresceu. Com toques envolventes, ameaçou a defesa azul. E alcançou o gol. O goleiro Márcio, em um momento Rogério Ceni, bateu falta com qualidade da entrada da área, fora do alcance de Marcelo Grohe.
O Grêmio deveria reagir, mas empacou. Era o exército de um homem só. Apenas Roger, mesmo com dores, jogava. Resultado: o Tricolor quase levou o segundo. Aos 43, em cobrança de escanteio, o zagueiro Gilson apareceu sozinho no meio da área e mandou o chute. A bola bateu milagrosamente em Hidalgo. Caso contrário, seria gol.
Segundo gol no abafa
O cenário do primeiro tempo não mudou na etapa final. Os torcedores seguiram cantando o tempo todo, mandando incentivo incondicional à equipe. "Vamos, Grêmio, vamos", gritavam. E o time não ia. Dentro de campo, a engrenagem continuou emperrada. Paulo Sérgio colecionou erros. Tadeu foi mal em tudo que tentou. Roger perdeu um pouco do brilho. E, para piorar, o Dragão ainda ameaçava em contra-ataques de arrepiar.
Se na técnica não dava, o jeito foi apelar para a força. Aos 15 minutos, Hidalgo cobrou falta da esquerda, a zaga rebotou e a bola voltou na direção do peruano. Ele fechou os olhos e mandou uma bomba na direção da área. Deu certo. William Magrão desviou e fez o Olímpico explodir: 2 a 1.
O resultado levava aos pênaltis. Bastava um gol para o Grêmio alcançar a classificação. Era evidente que o jogo viraria um inferno. O que ninguém imaginava é que seria contra os gaúchos. O Atlético tirou forças sabe-se lá de onde e colocou o Tricolor na roda. Foram três chances impressionantes de gol. Em uma delas, Adriano Magrão cabeceou no poste.
Satisfeito com a possibilidade de decidir nos pênaltis, o Dragão diminuiu um pouco o ritmo nos últimos minutos. Competente, soube amarrar o Grêmio e levar a sorte para as penalidades.
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