Finazzi resolveu colocar sua situação no Corinthians em pratos limpos nesta terça-feira. O jogador, que foi afastado pelo técnico Mano Menezes no início do Paulistão, tratou de uma tendinite no joelho neste período e depois sofreu uma lesão. Ele admite a frustração por não ser mais o titular, desafia quem fala que ele perde muitos gols, busca volta por cima e explica alguns episódios confusos, como o lugar no ônibus de viagem e o uso obrigatório da camisa do clube em eventos. Confira a entrevista do atacante do Timão.
Afastamento do elenco principal e tratamento
"Quando saí do time, inicialmente, foi por opção do treinador, e isso é normal. Aproveitou-se o fato de eu estar fora para tentar curar uma dorzinha no joelho que me atrapalhava em alguns treinos, sempre dois dias após cada partida. Foi aplicado um lubrificante na cartilagem que melhorou, mas acho que curar é dificil. Depois tive uma lesão muscular na panturrilha e fiquei mais dias afastado. Trabalhei a parte física e voltei. Fiquei chateado por ficar fora. Estou bem e só preciso adqüirir ritmo de jogo".
Relacionamento com diretoria, comissão e atletas
"Da minha parte é bom, sinto que o Mário (Gobbi, vice de futebol) e o presidente (Andrés Sanches) gostam de mim. Todos me tratam bem. Com os jogadores é ótimo. Tenho contrato até dezembro e enquanto o Mano me quiser vou jogar. E no clube fico enquanto o presidente quiser. Não fico onde não sou querido. Mas estou satisfeito e feliz aqui".
Uso obrigatório de camisa do Timão em eventos
"Quando foi colocado que os jogadroes teriam que aparecer com camisas do clube em eventos, muita gente chiou porque tem contrato e ganha para usar outras roupas. Eu gostaria de usar a marca que eu vinha usando por amizade, pois não ganho nada. Reclamei de uma camisa quando fui a um programa de TV sim, mas não por rejeitar a marca do clube, e sim porque que eu não queria ir com o modelo que me deram, tanto que usei outro".
Andar na frente do ônibus do Timão
"Disseram que eu reclamei que queria ir na frente do ônibus. É que eu passo mal em ônibus totalmente fechado, mas quando tem janela eu abro e tudo bem. Nos outros clubes sempre falaram pra eu ir na frente por isso. O próprio Mano disse no começo para eu ir na frente e no último jogo tive que ir atrás. Nunca reclamei do patrimônio do clube".
Desafio dos gols perdidos
"Fiquei chateado por ter perdido um gol contra o Marília. Alguns colocam que erro muito. Queria fazer um desafio. Os únicos jogos que perdi mais de duas chances foram contra o Internacional (Brasileiro de 2007, 1 a 1 e ele marcou o gol do Timão) e contra o Guarani (Paulista de 2008, 3 a 0, ele fez dois). Quero ver alguém achar outra partida que eu tenha desperdiçado mais de duas chances. No início deste ano, o Adriano (do São Paulo) e o Kléber Pereira (do Santos) foram criticados, mas seguiram nos times. Não tive essa chance e espero ter".
Volta por cima
"Não sei o motivo pelo qual voltei, mas estou feliz. Já passei muito por essa situação. Acho que dos jogadores de clubes grandes eu devo ter sido o que mais passei por isso. Comecei tarde, em 2004 passei por duas artroscopias e tive um 2005 excelente. Não sou tão veloz e driblador, sou mais de posicionamento e presença de área. Fiquei chateado porque passei pelo mesmo problema no ano passado com o Carpegiani, que achava que eu não acompanharia o ritmo dos demais. Dei a volta por cima e espero ser assim novamente".
1.4.08
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