Luiz Felipe Scolari deixou para trás o seu lado ranzinza, às vezes presente em seus contatos com a imprensa, em sua primeira entrevista coletiva como técnico do Chelsea, nesta terça-feira. O brasileiro entrou na sala reservada para o evento em um hotel próximo ao centro de treinamentos do clube, na região de Cobham, ao Sul de Londres, ao estilo dos treinadores ingleses: de terno e gravata. Mas não revelou se vai manter a maneira de se vestir quando estiver à beira do gramado, comandando seu novo time.
- Se precisar colocar, eu coloco. Se não precisar colocar, eu não coloco, uso minha roupa tradicional - disse ele, em uma das muitas brincadeiras que fez ao longo da entrevista, referindo-se aos agasalhos que costuma usar durante os jogos.
Como já vinha sendo especulado pela imprensa inglesa, Felipão respondeu todas as perguntas da imprensa local em inglês, que, se não foi perfeito, foi suficiente para deixar uma ótima impressão nos jornalistas, temerosos de que ele não seria capaz de se comunicar com os jogadores e a diretoria do clube.
A quantidade de jornalistas presentes, de países como Inglaterra, Portugal, Brasil e Espanha, provou ter sido acertada a decisão do Chelsea de não utilizar as instalações do centro de treinamento para um evento que já se previa ser de grande demanda.
Murtosa na comissão técnica
O brasileiro falou do seu desejo de manter no time jogadores que tem sido cotados para deixar o clube, como o meia Frank Lampard, da seleção inglesa, e o atacante Didier Drogba, da Costa do Marfim. Garantiu que o zagueiro inglês John Terry continuará sendo o capitão do time e afirmou que, apesar de ainda não saber o que será preciso mudar no time, não vê mais nenhum jogador chegando ao clube depois da contratação do meia brasileiro naturalizado português Deco.
- Um dos motivos por que acho que fui escolhido para o cargo foi a capacidade de se adaptar a uma estrutura e a um time já montado, sem fazer grande mudanças - afirmou ele, que apenas trouxe para sua comissão técnica o auxiliar e fiel escudeiro Flavio "Murtosa" Teixeira, o preparador físico Darlan Schneider e o ex-preparados de goleiros do Palmeiras Carlos Pracidelli, que será olheiro e desempenhará outras funções no clube.
Pressão no Chelsea
Recentemente, o ex-jogador e comentarista de TV, Ian Wright falou que Felipão iria sentir a pressão de ser o técnico de um clube renomado como o Chelsea. Scolari falou sobre esse assunto:
- Conheço a pressão para vencer cada jogo. Temos pressão e eu sei como lidar com ela, porque no Brasil se respira futebol. Por causa da pressão do meu próprio povo, acho que estou preparado para isso. Na minha cabeça, eu me sinto preparado.
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