O judoca Tiago Camilo conquista a terceira medalha para o Brasil nestes Jogos Olímpicos de Pequim. Como seus companheiros de equipe Leandro Guilheiro e Ketleyn Quadros, Tiago levou o bronze ao vencer nesta terça-feira por desistência com 1 minuto para o fim de luta o holandês Guillaume Elmont. A medalha de ouro ficou com o algoz de Tiago nas quartas, o alemão Ole Bischof, que na final derrotou o sul-coreano Jaebum Kim. A outra medalha de bronze foi para o ucraniano Roman Gontiuk.
Tiago repete o feito de Flávio Canto, que quatro anos antes, em Atenas, conquistou o bronze no meio-médio. Esta é a segunda medalha olímpica do atual campeão mundial, que foi prata nos Jogos de Sydney, em 2000. Com o resultado, o judô passa a ser a modalidade a ter mais medalhas na história do país em Jogos Olímpicos, 15, deixando para trás o iatismo, que até o momento tem 14 medalhas. Tiago também se torna o terceiro judoca brasileiro a ter duas medalhas olímpicas no currículo (e o primeiro com um título mundial); os outros dois são Aurélio Miguel (ouro em Seul (1988) e bronze em Atlanta (1996) e Luciano Guilheiro (bronze em Atenas (2004) e bronze em Pequim). E a conquista veio suada. Apesar de ter feito 10 minutos de luta nas semifinais e demonstrado cansaço, o holandês Guillaume, campeão Mundial no Cairo (2005), partiu para o ataque desde o início e dificultava a pegada de gola do brasileiro. Com dificuldades para fazer seu jogo, Tiago acabou sofrendo uma punição por falta de combatividade com 2m50s de luta. Na desvantagem, o brasileiro precisou se expôr e conseguiu virar o placar, ao aplicar um ouchi-gari faltando 1m45s para o fim e somar um wazari.
Com a virada, quem precisou se expôr foi o holandês, o que facilitou a vida de Tiago Camilo. Em um ataque, o brasileiro pegou o braço de Guillaume e partiu para a finalização. O adversário defendeu, mas acabou permitindo a montada, de onde Tiago foi para o estrangulamento. A vitória viria logo em seguida, com Guillaume desistindo faltando 1 minuto para o fim da luta. Para alegria de Camilo, que, emocionado, não conteve as lágrimas ao sair do tatame.
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